Representantes dos 220 taxistas que trabalham para as 14 empresas que operam em Curitiba se reuniram nesta sexta-feira (1°) com o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros em Automóvel de Aluguel (Táxi) do Estado do Paraná, que representa a categoria patronal, para tentar encontrar uma solução para as atuais queixas dos profissionais.
Segundo o taxista Wilson Cesar Correia, a principal reinvindicação dos motoristas era a criação de uma tabela única para o pagamento do quilômetro rodado às empresas. A proposta dos empregados é de que o valor ficasse em R$ 1,15 e de que houvesse o desconto de 10% referente às distâncias percorridas pelos taxistas para que eles cheguem à sede das empresas para fazer o acerto diário.
Na reunião desta sexta, no entanto, o valor que os funcionários conseguiram foi de R$ 1,20 e um desconto de 5%, deixando o quilômetro rodado a R$ 1,14. “Devido à necessidade, nós tivemos de ceder. Não era o ideal, mas nas atuais condições tem muita gente precisando trabalhar”, desabafou Wilson.
Gerson Klaina |
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“Devido à necessidade, nós tivemos de ceder”, disse Wilson Cesar Correia. |
Para ele, a principal perda foi o fato de não conseguir com os patrões pagassem o vale refeição. “Apesar disso, com um valor único já é possível trabalhar”, disse Correia.
Placas
As diferenças entre os taxistas empregados e as empresas levantou a questão da legalidade da atuação de pessoas jurídicas no setor, já que a última licitação previa somente a possibilidade de uma pessoa física atuar como licitante. Além disso, que ganhasse a licitação deveria dirigir o próprio táxi por um mínimo de horas todos os dias, ou seja, não poderia simplesmente vencer o processo e contratar um terceiro para trabalhar.
De acordo com a assessoria de imprensa da Urbanização de Curitiba S/A (Urbs), autarquia que gerencia o sistema de transporte na capital, as empresas atuam desde 1975 na cidade, ou seja, antes do atual sistema ser implantado. Como não havia uma regra que estipulasse ou não a atuação de empresas, elas não poderiam ser consideradas ilegais.
No entanto, com o recadastramento, todas as empresas deixaram de ser permissionárias, categoria que não possui tempo limite de atuação, e passaram a ser autorizatárias, o que significa que, dentro de 35 anos, as placas de táxis que elas possuem deverão voltar ao município e serão produto de uma nova licitação.