Câmeras nos táxis. Projeto do vereador Tiago Gevert (PSC) com esse teor visa aumentar a segurança dos profissionais e passageiros. O Sindicato dos Taxistas do Paraná (Sinditaxi-PR) apoia a proposta e revela que os 5 mil taxistas da cidade trabalham sob estatística perversa: dois táxis são assaltados por dia nas vias curitibanas.
O diretor do Sinditaxi-PR, Heins Schade, explica que os números são extraoficiais, já que a maioria das vítimas relata ao sindicato, mas não registra o boletim de ocorrência. “Eles falam que cansaram de perder horas e horas nas delegacias e, no fim, não acontecer nada. Preferem usar o tempo do B.O. para pegar novas corridas e minimizar o prejuízo”, comenta. Mas Schabe reconhece que esse hábito prejudica o trabalho dos policiais para eventual mapeamento dos crimes.
Para Schade, as câmeras podem inibir a ação de bandidos e ajudar a reconhecer criminosos em assaltos. “Antes de qualquer obrigação legal, desde fevereiro estamos em contato com uma empresa que se dispôs a colocar em teste o recurso num táxi da cidade”, antecipa. Essas câmeras fotografariam os passageiros, mas não filmariam.
Ar condicionado
As imagens seriam enviadas automaticamente por e-mail para uma central. “Ainda não está estruturado isso, mas o software eliminaria os arquivos diariamente, exceto se no táxi acontecesse algum crime”, diz Schade. A aquisição das quatro câmeras e o sistema de envio das imagens custaria por volta de R$ 3 mil por carro. Quanto ao uso indevido das imagens dos passageiros ou a ameaça à privacidade deles, Schade comenta que a ferramenta deve ser encarada como forma de aumentar a segurança de todos.
Além das câmeras, o projeto de lei apresentado nesta semana também contempla a instalação de ar condicionado. “O objetivo da proposta é garantir segurança e conforto”, justifica Gevert.