Ir a qualquer local da cidade, de carro, por R$ 3. A inovação, chamada de táxi-lotação, é um transporte alternativo que vem sendo utilizado em Rolândia, município da região norte do Paraná, que circula sem ponto fixo e atende por chamada.
A novidade tem atraído cada vez mais adeptos e tirado o sono dos taxistas, que vêem o movimento cair por conta do táxi-lotação. O problema é que, até agora, o serviço não foi legalizado.
Já são pelo menos cinco empresas que oferecem o serviço na cidade, e que vem sendo bastante utilizado por pais que pedem o táxi-lotação para levar ou buscar os filhos no colégio.
Essas empresas, no entanto, têm licença para transportar apenas mercadorias, e não pessoas, de acordo com o secretário municipal de Finanças, José Lúcio de Moraes.
Para regularizar a situação, a prefeitura encaminhou à Câmara de Vereadores um projeto de lei para legalizar o táxi-lotação, que deve entrar em votação ainda este ano ou no início de 2009.
“Pela lei, vai ser feita uma licitação para apontar a empresa vencedora, que também poderá ser uma cooperativa entre as diferentes empresas que hoje atuam”, afirma Moraes.
Enquanto isso, o serviço atua livremente pela cidade. “Nenhuma empresa está constituída com essa finalidade, então, elas estão trabalhando por conta”, explica o secretário. De acordo com Moraes, não tem como ir contra a aceitação popular pelo serviço, que atualmente atende cerca de 3 mil passageiros.
Quem não está satisfeito com o andamento da questão são os taxistas, que reclamam da perda da clientela. Enquanto o táxi-lotação cobra R$ 3, uma corrida média normal de táxi em Rolândia custa em torno de R$ 15.
“Nós pagamos impostos, e muitos, enquanto eles (operadores de táxi-lotação) não pagam nada”, protesta o taxista José Mathias. Segundo ele, o prejuízo de cada taxista é de R$ 30 a R$ 40 por dia.
