Foi lançada na tarde desta quinta-feira (09) a minuta do edital para a construção do metrô em Curitiba. Durante o evento, o prefeito Gustavo Fruet revelou que o valor da tarifa técnica, isto é, o custo para colocar o serviço em operação, é R$ 2,45, quase trinta centavos mais barato que a primeira estimativa feita pela prefeitura. O número é animador, já que no caso do transporte coletivo atual de Curitiba, o custo por passageiro é de R$ 2,99 e o valor cobrado pela passagem é R$ 2,70, graças aos subsídios do governo estadual e da administração municipal.

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A redução na tarifa técnica estaria atrelada às verbas provenientes de receitas acessórias com a locação de espaços públicos para fins comerciais no metrô e também à desoneração de algumas modalidades de impostos. “Esse é um passo grandioso para Curitiba e queremos contar com a contribuição de todos. Cada etapa será cumprida com muita transparência e serenidade, para que possamos decidir aquilo que é melhor para a nossa cidade”, disse Fruet.

Com custo previsto em R$ 4,6 bilhões, o metrô terá a sua construção em duas etapas, a primeira deve sair do Terminal do CIC com final no Terminal do Cabral, com 17,3 km e a segunda, adicionando um trecho até do Terminal do Santa Cândida, totalizando 22 km. No entanto, a construção depende também de questões ambientais, que ficam a cargo do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc).

Infraestrutura

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Tendo em vista que o metrô é uma obra definitiva e que altera a dinâmica da cidade, o Ippuc formula estratégias para diminuir o impacto tanto no meio ambiente quanto no cotidiano dos usuários do serviço, levando em consideração fatores como sustentabilidade, iluminação, qualidade do ar, saúde e segurança. “Os primeiros aspectos que precisamos enfatizar são saúde e conforto ambiental. Afinal, serão milhares de pessoas que passarão pelas estações do metrô diariamente”, destaca o presidente do Ippuc, Sérgio Póvoa Pires.

De acordo com o planejamento, em horários de pico, cada trem deve transportar no máximo seis pessoas por metro quatro. Parar conseguir atender à demanda de passageiros nesses horários, o intervalo entre cada composição não deve ser maior que dois minutos.

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Outra estratégia da prefeitura e do Ippuc é transformar o metrô em ponto de encontro com manifestações culturais. “A linguagem visual deverá ser contemporânea e refletir a nossa identidade. E cada estação pode ter características próprias, de acordo com a região. Em resumo, o nosso metrô deve ter a cara de Curitiba”, finaliza Póvoa Pires.