Após uma reunião fechada com o vice Beto Richa (PSDB), o prefeito de Curitiba, Cássio Taniguchi (PFL) decidiu na tarde de ontem que a manutenção do valor das passagens do transporte coletivo da Rede Integrada de Transporte (RIT) vai depender da aprovação das planilhas elaboradas pela Urbanização de Curitiba (Urbs) e Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), pelo governo do Estado. Até segunda ordem, o valor da passagem continua R$ 1,65.

Para saber a posição do governo, Taniguchi solicitou à Secretaria de Estado de Assuntos Metropolitanos que se manifeste até quinta-feira sobre o reajuste no valor das tarifas de ônibus. O vice Beto Richa já havia feito essa solicitação na semana passada, após avaliar as planilhas, encaminhando um ofício ao secretário estadual de Assuntos Metropolitanos, Edson Strapasson.

Taniguchi retornou às suas atividades ontem, após uma viagem de compromissos na Europa, com passagens por Portugal e Suíça. Mesmo com a ausência do prefeito, a polêmica que se criou em torno do reajuste das passagens foi grande durante as duas semanas em que o prefeito esteve fora da cidade. Em 25 de janeiro, a tarifa do transporte coletivo teve um aumento de 15,15% e passou de R$ 1,65 para R$ 1,90, conforme decreto assinado por Taniguchi e publicado dias antes. Com a ausência de Cássio, Beto suspendeu o aumento das tarifas no mesmo dia do decreto.

Comentário

A assessoria do governador Roberto Requião (PMDB) fez o seguinte comentário sobre a decisão do prefeito Cássio Taniguchi de condicionar o reajuste da tarifa do transporte coletivo à apresentação da planilha de custos pelo governo do Estado. “Isto é um problema do prefeito e do vice-prefeito, que não se entendem. É ridículo o movimento do prefeito querendo incluir o Estado em uma esparrela em que eles próprios se meteram. Eles que armaram, agora que resolvam e expliquem à população de Curitiba quanto vai custar a tarifa”.

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