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| Motoristas correm perigo |
O trecho de 17,3 quilômetros da rodovia SC-415, que liga Garuva, em Santa Catarina, à Guaratuba, no litoral do Paraná, está passando por uma operação de tapa-buracos. As obras foram iniciadas ontem pela empresa Sepet, contratada pelo Departamento Estadual de Infra-estrutura (Deinfra) de Santa Catarina. A partir do dia 10 de janeiro, o trecho deverá ser totalmente recuperado.
O Sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes do Litoral do Paraná (Sindilitoral) havia programado uma manifestação ontem pela manhã na rodovia. Mas em função do mau tempo, bem como pelo início das obras, o protesto se limitou à instalação de algumas faixas. A intenção dos manifestantes era derramar cimento no asfalto para bloquear a pista e promover um mutirão para tapar os buracos.
O presidente do Sindilitoral, José Carlos Chicarelli, afirmou ter ficado satisfeito ao ver os operários iniciando as obras. "Agora isso não é mais uma promessa", falou, garantindo que a entidade irá manter fiscalização permanente no local para acompanhar os trabalhos.
O engenheiro da empresa Setep, João Alfredo Michel Neves, disse que irão manter a operação tapa-buracos neste período em função das férias dos funcionários. Porém, a partir do dia 10 de janeiro iniciam as obras de recuperação do trecho. O pavimento atual será retirado e a rodovia ganhará um novo revestimento asfáltico. Segundo o engenheiro, o contrato com a empresa prevê a conclusão das obras em 450 dias.
Disputa
A rodovia que liga Garuva ao litoral do Paraná possui cerca de 40 quilômetros de extensão: o trecho paranaense (PR-412) é de 23 quilômetros e o de Santa Catarina (SC-415) possui pouco mais de 17 quilômetros. A grande polêmica em relação a via é que o trecho de responsabilidade do Estado do Paraná está em boas condições de tráfego, enquanto o trecho catarinense não passava por nenhum tipo de recuperação há vários anos.
De acordo com o presidente do Sindilitoral, José Carlos Chicarelli, só no último final de semana vinte carros sofreram algum tipo de dano devido as más condições da rodovia. "Sem contar com os acidentes graves, muitos dos quais aconteceram à noite quando não é possível visualizar as armadilhas da estrada", revelou. Com o início da obra, Chicarelli diz que o turista que visita o Paraná poderá ficar mais tranqüilo em relação à rodovia, que hoje é muita utilizada por aqueles que querem desviar das praças de pedágio da BR-277.
