Em nota divulgada ontem, a empresa Syngenta Seeds comentou a desapropriação da Unidade de Pesquisa, em Santa Tereza do Oeste, na região de Cascavel, oeste do Paraná. Como traz o texto, apenas esta semana, com a publicação de decreto do governador Roberto Requião no Diário Oficial, a multinacional foi oficialmente comunicada da decisão. Eles afirmam estar indignados e desapontados com a medida e prometem recorrer da decisão.
Em março deste ano, os integrantes da Via Campesina ocuparam a fazenda experimental da Syngenta, para manifestar contra os transgênicos. A reintegração de posse foi emitida pela Justiça no mês seguinte, mas foi cumprida apenas no início deste mês, pela Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp). Os cerca de 300 manifestantes começaram a sair da área, localizada na rodovia PR-163, quilômetro 188, no último dia 1.º. Desocupando a fazenda, no último dia 8, eles ficaram acampados na beira da rodovia até que fosse determinada nova área para assentamento das famílias. Pelo decreto 7487 do último dia 9, o governador desapropria a área da Syngenta apontando ?a fragilidade e a significância do maior e mais importante remanescente da floresta semidecidual do país, constituído pelo Parque Nacional do Iguaçu, criado em 1939 e reconhecido como Patrimônio Natural da Humanidade desde 1986 pela Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura Unesco?.
Como traz a nota ?a desapropriação da estação de pesquisa em Cascavel surpreendeu a Syngenta Seeds, uma vez que a empresa tinha retomado a posse do local, no dia 1.º, obedecendo tutela concedida pela juíza de Direito da 4.ª Vara da Fazenda de Curitiba, Vanessa de Souza Camargo. A companhia, inclusive, mantém todos os documentos oficiais de reintegração de posse. Considerando esses fatos, a Syngenta está analisando todas as alternativas para tomar as medidas cabíveis ao caso?.
