Suspeita de rotavírus em quinze da Paraná Esportes

Pelo menos quinze pessoas da equipe da Paraná Esportes apresentaram sintomas de contaminação por rotavírus enquanto trabalhavam no litoral durante a operação Viva o Verão, do governo do Estado. O presidente da Paraná Esportes, Ricardo Gomide, era uma delas, assim como os coordenadores das atividades em Matinhos e Caiobá. Já foi descartado, porém, que as contaminações estejam relacionadas a banho de mar em locais impróprios ou consumo de alimentos estragados no alojamento. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) aproveita para alertar a população sobre os cuidados com o vírus, que já pode ser combatido com vacinas.

De acordo com a assessoria de imprensa da secretaria, as pessoas que passaram mal foram levadas para o Hospital Nossa Senhora dos Navegantes. Após a medicação, eles tomaram soro e repousaram. Mas os sintomas não foram apresentados ao mesmo tempo por todos os integrantes da Paraná Esportes e acadêmicos de Educação Física que trabalharam durante as atividades de esporte e lazer nas praias. O primeiro caso ocorreu por volta do dia 13 de janeiro. Semanas depois, ainda tinha gente iniciando os sintomas.

Segundo a assessoria da Sesa, os acadêmicos e membros da Paraná Esportes só conseguiram entrar no mar nos últimos dias de trabalho no litoral – eles retornaram às suas cidades anteontem. Além disso, a Vigilância Sanitária de Matinhos analisou amostras de alimento e não detectou qualquer problema.

Há desconfiança de que a contaminação esteja relacionada à água do bebedouro da escola onde estavam alojados, mas nada foi comprovado até agora. A partir do momento em que se levantou essa possibilidade, a Paraná Esportes passou a comprar água mineral para consumo. Aliado a isso, o forte calor nas praias junto com sol e baixa imunidade, em função de má alimentação ou consumo insuficiente de água, podem ter contribuído para que as pessoas passassem mal. Havia 90 pessoas no alojamento.

Rotavírus

O rotavírus pode contaminar o homem em qualquer faixa etária, apesar de as crianças serem mais suscetíveis, apresentando infecção intestinal aguda acompanhada por dor abdominal, febre, vômitos e diarréia. Também pode haver sintomas respiratórios como obstrução nasal, coriza, dor de garganta e tosse seca. Em casos mais graves, pode levar à morte por desidratação. Os sintomas se manifestam após três ou quatro dias, podendo durar até uma semana.

A transmissão acontece via fecal-oral, por água e alimentos ou contato com pessoas e objetos contaminados, além do ar. Além da hidratação, é fundamental observar a higiene pessoal e do ambiente, e controlar a qualidade da água, fazer desinfecção de frutas e verduras, lavar as mãos após o uso do banheiro e dar o destino adequado aos dejetos e lixo.

A partir de 6 de março, a vacina Rotarix, contra o rotavírus, será disponibilizada em postos de saúde de todo o Brasil e administrada oralmente, em duas doses, aos dois e quatro meses de vida. A expectativa é que a vacina diminua em até 25% a mortalidade infantil por diarréia, e em 42% os casos de internamento pelo mesmo motivo.

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