O interesse pelo surfe é crescente no litoral paranaense. Nesta temporada de verão, uma escolinha gratuita instalada nas praias de Ipanema, Shangrilá e Guaratuba fez com que muita gente se interessasse pelo esporte. Entre os alunos, desde crianças a partir de oito anos até homens e mulheres com mais de 60.

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Em Ipanema, um dos responsáveis pela iniciativa é o instrutor e integrante da Federação Paranaense de Surf, José Sbravatti Júnior. “É o terceiro ano que a escolinha funciona em Ipanema e o número de pessoas interessadas tem surpreendido. Neste ano, demos início às atividades em 3 de janeiro e recebemos cerca de mil alunos, de ambos os sexos e todas as idades”, conta.

Contra o estresse

Segundo José, o surfe é um esporte que permite grande contato com a natureza, combate o estresse e mexe com o corpo inteiro, gerando benefícios aos músculos e às articulações. “É um esporte completo, que gera resistência e auxilia na perda de peso. Exige muita disciplina e civilidade, pois deve-se aprender a respeitar os surfistas mais experientes e não pegar a onda do outro.” Na escolinha, são fornecidos os equipamentos necessários à pratica do esporte.
Entre os alunos, estão desde moradores do litoral, que já possuem alguma experiência, até turista que nunca se aventuraram nas ondas.

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Cintia Végas

Mistura força e equilíbrio

No time dos mais experientes, está Luan Lenon, 13, que mora em Ipanema. Ele pratica surfe todos os dias e quer se tornar profissional. “Faço aulas de surfe desde 2008. Treino todos os dias, pelo menos por duas horas. Quero me profissionalizar e poder participar de competições. Já levei diversos tombos e me machuquei no mar, mas sempre levanto e continuo surfando”, conta o garoto que tem uma irmã de 12 anos e também quer se tornar surfista.

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Entre os iniciantes, estão Lucas Rogério Santos, 15, e Marco Antônio da Rocha Pombo, 51. Ambos são de Curitiba e, apesar da diferença de idade, relatam as mesmas dificuldades com a prancha. “Ficar de pé na prancha é o mais difícil. Tem que ter muita força e equilíbrio”, diz Lucas, na sua segunda aula.

Dificuldades

Marco fez sua primeira aula na semana passado. Ele conta que, no ano passado, sua filha de 12 anos participou da escolinha e adorou. Por isso, teve vontade de experimentar também. Após cinco ondas, Marco já conseguiu ficar de pé na prancha por alguns instantes, surpreendendo os professores. “É muito bom, apesar de ser difícil. Eu nunca tinha surfado, mas agora estou pensando até em comprar uma prancha.”