Supersticiosos de olho na sexta-feira 13

Brasileiro que se preze é supersticioso. Evita passar embaixo de escada, foge de gato preto, anda com uma “figa” ou um pé de coelho no bolso para ter sorte. Quem acredita no poder desses objetos deve ter cuidados redobrados hoje: é a primeira sexta-feira 13 do ano.

“Às vésperas de sexta-feira 13, o nosso movimento aumenta em 30% a 40%”, revela Everaldo dos Santos, proprietário da Casa dos Orixás. Segundo ele, patuás, figas e banhos de descarrego são os mais procurados. “São objetos que trazem proteção, tiram o olho grande”, explica. Para Everaldo, o brasileiro é supersticioso por natureza e acredita que pode acontecer algo ruim na sexta-feira 13. “A gente aconselha a defumação, para abrir caminhos e limpar o ambiente, e um banho de descarrego logo pela manhã.” Em termos de vendas, revela, a sexta-feira 13 só perde para o final de ano, quando acontecem as homenagens a Iemanjá.

Nas Livrarias Pirâmide, no Alto da XV, o movimento não chega a aumentar com a sexta-feira 13, conta a gerente Maria Ângela Araújo. “As vendas aumentam mesmo quando é 13 de agosto. Por ser fevereiro, as pessoas não ligam muito, nem tocam no assunto”, diz. Se as previsões de Maria Ângela se confirmarem, ela já pode comemorar: é que até o final do ano haverá apenas mais uma sexta-feira 13 – exatamente em agosto.

Onde surgiu

Maria Ângela conta que a superstição da sexta-feira 13 tem ligação com os fatos do cristianismo. “O 13 está conotado com azar, porque Judas foi o 13.º na Santa Ceia e foi quem traiu Jesus. Por isso, alguns dizem que 13 pessoas sentadas em uma mesa dá azar”, revela. A relação com a sexta-feira também tem raízes nos acontecimentos do cristianismo. “Sexta-feira foi o dia em que Jesus morreu. Há, portanto, a ligação entre as duas coisas.” Maria Ângela revela ainda que ela, particularmente, não tem qualquer superstição com relação à data. “A gente cria o nosso dia, de sorte ou de azar”, diz.

A pesquisadora de numerologia pitagórica, Edelar Cordeiro Prohmann, concorda. “É um dia comum, que pode ser muito bom e benéfico. Basta transformar o 13 em 4 (soma de 1 + 3), que é um número cheio de idéias, criatividade, que atrai coisas boas. Mas quem acredita em superstições e acredita que a data é negativa, pode sintonizar uma energia ruim”, explica.

Segundo ela, ainda falta conhecimento dos brasileiros em relação a vibrações e energia. “Infelizmente, o brasileiro é supersticioso. As vibrações existem, mas quem não tem base científica se deixa levar pelas superstições”, diz.

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