Muita gente vai pensar duas vezes antes de levantar da cama hoje. Isso porque a sexta-feira 13 traz vibrações negativas, ainda mais por se tratar do mês de agosto. Os afro-umbandistas explicam que este período é dedicado as almas, quando os espíritos bons e maus se encontram para o julgamento espiritual. Para se proteger, só com muita reza, defumação e banho de descarrego.
O delegado nacional do Superior Órgão Internacional de Umbanda e dos Cultos Afros, Ademir Antônio dos Santos Neves, explica que agosto é um mês pesado. As almas boas e más se encontram para o julgamento espiritual. Todas passam pela balança de Miguel Arcanjo e isso pode trazer reflexos aqui na terra. Além disso, o dia 13 também é o dia do deus “Omulu”, da vida e da morte. “Nesse dia as pessoas podem acender uma vela branca e pedir proteção para o seu anjo da guarda”, fala. Os mais cautelosos podem ainda tomar um banho de sal grosso, arruda ou de rosas.
Também se fala que a sexta-feira 13 está ligada ao cristianismo. Jesus Cristo foi sacrificado em uma sexta-feira e por isso a data não é bem vista. Segundo o presidente da Suprema Ordem de Umbanda e Candomblé, pai Silveira, os candomblecistas se vestem de branco, não tomam café nem se alimentam de comida de cor escura nesse dia. “É para quebrar as más vibrações dessa data nefasta”, explica. O número 13 também estaria ligado ao cristianismo, ele representaria Judas que traiu Jesus e era o 13.º integrante da última ceia, antes da crucificação.
Pai Silveira fala que as pessoas costumam se proteger de maneiras diferentes não só no dia de hoje. Algumas chegam a colocar potes com terra na porta da casa. “Para entrar, os espíritos vão ter que contar grão por grão. Como vai demorar muito, eles acabam desistindo”, explica. Há ainda pessoas que colocam pedras, grãos e sementes para absolver as energias negativas. Pai Silveira também não gosta de sair de casa nas sextas-feiras nem começar novos negócios. “As coisas dificilmente se realizam”, revela.