Sumiço de jornalista segue sem solução

Ainda A Polícia Civil ainda não tem pistas sobre o desaparecimento do jornalista Anderson Leandro Silva, 38 anos, ocorrido na semana passada. Não há pista que indique sequestro, homicídio, latrocínio (roubo com morte) ou acidente. Mesmo assim, a delegacia especializada em casos de sequestro, o Tigre (Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial) assumiu as investigações. A família levantou a suspeita de vingança, motivada pelas atividades sociais que o jornalista exerce há anos.

O delegado Sivanei Gomes, do Tigre, explicou que a conta bancária do jornalista não foi movimentada nestes seis dias, o cartão de crédito não foi usado, o celular está desligado. O carro do jornalista, o Kangoo placa AON-8615, não visto em nenhum lugar, nem detectado em radares e lombadas eletrônicas.

Chamado

Anderson foi visto pela última vez saindo de sua produtora de vídeo, no Rebouças. Ele seguiria a Quatro Barras, onde supostamente atenderia um cliente. A irmã do jornalista, Alaerte Leandro Martins, 50, soube que quando seu irmão estava em Campina Grande do Sul, recebeu ou fez um telefonema de seu celular com duração de 118 segundos. A família já conseguiu uma liminar junto à Justiça, para que a operadora de celular mande à polícia informações detalhadas sobre esta ligação.

O padre Agenor Martins da Silva, irmão de Anderson, contou que ele era envolvido com movimentos sociais há cerca de 25 anos. Desde a adolescência, Anderson era um jovem politizado. A Quem TV, produtora que Anderson, registrava imagens das mobilizações sociais. Foi numa destas empreitadas que Anderson foi ferido, em 23 de outubro de 2008, mesma época em que ele estava quase se formando em jornalismo pela UniBrasil.

Invasão

Nesta data, ele acompanhava a desocupação de uma área invadida no Fazendinha. Alguns policiais militares agiram de forma truculenta contra o grupo de invasores, onde havia mulheres, crianças e pessoas mais velhas. Pelo muro de uma casa ao lado do terreno, três cinegrafistas faziam imagens da desocupação. Ao ver que a truculência estava sendo filmada, um dos policiais escolheu um dos três cinegrafistas e atirou. Anderson foi o escolhido e levou uma bala de borracha no rosto. A ação, na época, resultou no afastamento de alguns oficiais envolvidos na desocupação..

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