A troca dos cartões transporte das linhas metropolitanas não integradas desencadeou uma corrida ao posto de atendimento da Metrocard na Rua Benjamin Constant, no Centro de Curitiba. Na manhã de ontem, usuários esperavam por mais de duas horas para serem atendidos. A associação anunciou a substituição emergencial dos bilhetes nesta semana, mas ela poderia ter começado há pelo menos dois meses. A operadora antiga dos equipamentos diz estar sem contrato com a Metrocard desde o dia 7 de dezembro.
Os equipamentos da Dataprom presentes no sistema metropolitano integrado começaram a ser trocados pelos da Transdata no primeiro semestre do ano passado. A medida ocorreu depois de o Estado ter decidido não renovar o subsídio repassado à Urbs, passando à Comec a gestão dessas linhas. Na época, nem os empresários e nem o órgão gestor haviam anunciado que tinham a intenção de fazer o mesmo no sistema não integrado.
Em nota, a Metrocard informou que a Dataprom teria interrompido repentinamente todas as funcionalidades do Sistema de Bilhetagem Eletrônica das linhas não integradas. A Dataprom alega que não se negou a informar qualquer dado à Metrocard porque o sistema é propriedade do cliente e os dados dele estão armazenados em servidores da própria associação. Ressaltou que as funcionalidades do sistema não foram encerradas. “A Metrocard optou por não renovar o contrato sem a devida preparação e prevenção para assumir o controle do sistema. Em decorrência dessa conduta temerária, a Metrocard vem prejudicando os usuários do transporte coletivo”, afirma o advogado da Dataprom, Felipe Braz.
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| Foto: Colaboração. |
Até três cartões diferentes na RMC
A Metrocard diz que a substituição dos equipamentos fará com que o usuário possa portar um cartão a menos. Desde a separação da gestão da RIT, os passageiros das linhas integradas metropolitanas tiveram de pedir um novo cartão. Agora esse último modelo será válido para todas as linhas metropolitanas, sejam integradas ou não.
Mas mesmo antes da desintegração financeira da RIT, moradores de cidades vizinhas de Curitiba já tinham de portar dois ou até três cartões para se deslocar na região metropolitana. Era um cartão para as linhas urbanas que circulam apenas dentro do município, um para as não integradas geridas pela Comec e um terceiro da Urbs, que servia a toda a RIT. Os cartões das linhas urbanas de cada município continuarão a ser aceitos. Nas últimas semanas, linhas não integradas começaram a ganhar os novos validadores. O que não se sabia é que o sistema antigo estava funcionando sem um contrato de manutenção válido. De acordo com a Dataprom, o acordo comercial com a Metrocard venceu no dia 7 de dezembro e as partes não chegaram a um acordo para renovação.
