As negociações entre governo e prefeitura de Curitiba sobre a Rede Integrada de Transporte (RIT) da Região Metropolitana de Curitiba continuam. Mas, ao menos por enquanto, garantem que os usuários não devem ser penalizados a partir do dia 7, quando acaba o convênio que repassa recursos do Estado para a Urbs. Passageiros e prefeitos temem o fim da integração ou aumento da tarifa.

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O presidente da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Curitiba (Assomec), Luizão Goulart, diz estar preocupado com as consequências do fim do subsídio do Estado para o transporte integrado entre Curitiba e outras 13 cidades da região metropolitana. “Pode desintegrar o sistema ou a passagem na região metropolitana aumentar muito o valor”, ressalta. Segundo ele, a tarifa poderia passar a R$ 4. “Seria impraticável para os usuários, considerando que a maioria recebe em torno de um salário mínimo e meio, segundo censo do IBGE de 2010”.

De acordo com Goulart, as empresas de ônibus que fazem parte da RIT também estão inseguras em relação ao impasse. “Os empresários estão apreensivos, porque não sabem se a partir do dia 7 vão continuar recebendo, e de quem vão receber.”

Prejuízo

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Cleidilene de Queiroz mora em São José dos Pinhais e trabalha numa loja no Bacacheri. “Fico preocupada de subirem a tarifa”, diz. Marcio Leandro de Carvalho mora em Fazenda Rio Grande e trabalha para o mestre de obras Luiz Joel Domingues. Ele pega quatro ônibus diariamente para ir até a casa do empregador. Como trabalham em várias cidades da região metropolitana e Luiz está sem carteira de motorista, pegam mais ônibus para se deslocar. “Se acabar a integração ou subir o preço da passagem vai ficar bem complicado”, comenta.

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Avançam as negociações

O presidente da Urbs, Roberto Gregório da Silva Júnior, explica que após o dia 7, caso não haja renovação do convênio, a Urbs fica proibida de operar o transporte intermunicipal, que é de competência do governo estadual. Mas, afirma que os usuários podem manter “toda a tranquilidade necessária, porque os entendimentos entre o governo do Estado e a prefeitura estão avançando bem”.  De acordo com Gregório, a determinação do prefeito Gustavo Fruet é preservar a integração e a tarifa única. “Nem foi cogitado aumentar a tarifa”, garante. Sobre a possibilidade do fim do subsídio estadual, diz que “a questão tarifária efetivamente precisa ser compartilhada”.

Alternativa

O governador Beto Richa sinalizou na quarta-feira que está estudando outras possibilidades de contribuição para garantir o sistema integrado. Ele afirmou ainda que a intenção é beneficiar os usuários, e não as empresas que fazem o transporte. A assessoria da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedu) informou que prefeitura e o governo lutam pela manutenção da rede integrada e até o dia 7 deve haver a definição sobre como vai funcionar o sistema a partir de então.