Buscando investir em soluções tecnológicas que ajudem no combate ao coronavírus, o Senai no Paraná está apoiando o desenvolvimento de um spray que deve blindar superfícies por até dois dias e, assim, impedir a propagação da Covid-19. A empresa TNS Nanotecnologia, que criou a solução, foi aprovada em edital e “corre” para entregar o produto – que se apresenta como pioneiro no mundo – até o fim de 2020.
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Com o objetivo de estimular a pesquisa nacional, o Senai lançou a “Missão contra Covid-19” como parte do Edital de Inovação para a Indústria. Com apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e da Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), foram destinados R$ 20 milhões para iniciativas que ajudem a prevenir, diagnosticar e tratar a doença. No Paraná, um dos projetos escolhidos foi do spray anticoronavírus, que está sendo elaborado. Assim que finalizado e aprovado, o revestimento deverá ser vendido em supermercados e farmácias para o público em geral, em latas de 400 ml.
De fácil manuseio, a proposta é a aplicação por spray sem a necessidade de preparo prévio em superfícies como maçanetas, mesas bancadas, balcões de atendimento em comércios, corrimões de escadas e corredores, entre outros. Um dos usos possíveis é nas frotas de transporte público, que recebem milhares de passageiros todos os dias. Também poderá ocorrer o uso em tecidos, sobretudo em máscaras de proteção. As tecnologias utilizadas permitem que as nanopartículas de prata se fixem por até dois dias em superfícies e inativem o vírus, algo que nenhum produto no mercado oferece.
Gabriel Nunes, Diretor Geral da TNS Nanotecnologia, explica que o spray funcionará como uma camada extremamente fina e invisível e, além disso, não vai alterar os materiais em que serão feitas as aplicações como tecido, laminados ou inox. “É um produto diferente da água sanitária ou álcool em gel, que esterilizam as superfícies apenas momentaneamente e, segundos depois, caso alguém contaminado encoste, já está infectado. Vamos entregar um spray que tem alta durabilidade, e que vai permanecer onde seja aplicado por dois dias”, detalhou.
A empresa TNS é de Santa Catarina, mas a validação do projeto acontece no Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica, em Curitiba.
Fabrício Lopes, gerente executivo de Tecnologia e Inovação do Sistema Fiep – do qual o Senai é parte integrante -, explica que este é o momento ideal para pensar em soluções para a sociedade e, além disso, estimular o desenvolvimento da pesquisa nacional. “Esse é um projeto poderoso. Queremos que a indústria seja cada vez mais competitiva, também focando na sustentabilidade e no lucro. Geralmente importamos esse tipo de tecnologia e é incrível ver que estamos produzindo algo assim e que poderemos até exportar o spray”, explicou.
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Lopes também destaca o quanto o fato de ajudar a impedir a propagação do coronavírus mostra como o spray terá uma importante função. “O impacto social imediato que o produto deverá trazer é grande. Poderá salvar vidas ou amenizar a situação crítica que enfrentamos”, finalizou.
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