O barulho gerado na Associação dos Funcionários da Urbs vem incomodando moradores do condomínio Bela Morada II, localizado no bairro Jardim das Américas, em Curitiba. O problema acontece principalmente nas noites de segunda, quarta e sexta-feiras e durante todo o dia nos sábados e domingos.
Segundo a moradora Eliana Zielonka, quando acabam as atividades esportivas os participantes se reúnem para soltar fogos de artifício, dançar ao som de músicas mecânicas e participar de karaokê.
“As festas costumam se estender até a madrugada”, reclama. “Não sou contra atividades esportivas e não ligaria se a barulheira fosse realizada durante o dia e terminasse às 22h, como manda a lei do silêncio. Entretanto isso não acontece e ninguém no condomínio consegue dormir.”
Eliana conta que, nos fins de semana, costuma receber visitas em casa e, devido ao barulho, mal consegue conversar com as pessoas. “É difícil até para falar ao telefone, pois não dá para escutar o que a pessoa do outro lado da linha está dizendo”, diz. “Já cheguei até a pensar em vender minha casa e me mudar para um local mais calmo por causa da associação.”
A arquiteta Ana Laura Rodrigues conta que muitas vezes precisa trabalhar durante a noite e não consegue se concentrar. A janela de seu quarto fica quase em frente ao pátio da associação. “A música chega a ser tão alta que parece que os vidros da janela vão estourar”, conta. “A casa chega a tremer devido ao barulho. Fica impossível trabalhar.”
A dona-de-casa Eloí Araújo Dall?Agnol tem duas filhas universitárias. Segundo ela, quando o barulho começa as meninas não conseguem estudar. “Minha filha mais velha reclama muito de dor de cabeça e desconfio que possa ser por causa do barulho”, diz. “De manhã, depois da barulheira da madrugada, todo mundo vai para a universidade ou para o trabalho cansado, sem conseguir dormir o suficiente.”
Os moradores dizem que já apresentaram queixa ao 156, da Prefeitura, mas que até agora nada foi feito para resolver o problema.
Prefeitura
A Prefeitura de Curitiba informou, através de sua assessoria de imprensa, que a Urbs vai entrar em contato com o Sindicato dos Funcionários para tentar estabelecer um limite de horário de funcionamento da associação ou trocar os equipamentos de sonorização do lugar. O objetivo é tentar amenizar o transtorno dos moradores do condomínio.
