Relatórios apontando irregularidades e valores superfaturados no sistema de transporte coletivo de Curitiba e região metropolitana pressionam a Urbs para adotar providências com relação ao contrato de licitação e à diminuição do valor da tarifa, mas até o momento nada de concreto foi feito. Seminário realizado ontem na sede do Sindicato dos Empregados no Comércio de Curitiba (Sindicom) teve como principal objetivo a troca de ideias para melhorias do sistema.
Entre os assuntos abordados, está o contrato de licitação entre Urbs e empresas, a qualidade do serviço apresentado, as condições de trabalho dos motoristas e cobradores e a composição da tarifa técnica. O auditor do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) Cláudio Henrique de Castro lembrou que o relatório do tribunal apontou que, com oito alterações, o valor da tarifa ficaria em R$ 2,25 com subsídio e em R$ 2,55 sem injeção de recursos públicos. O presidente da Urbs, Roberto Gregório, admitiu que existem problemas, mas ressaltou que está trabalhando para minimizá-los e buscando sempre favorecer os usuários de ônibus. As informações dos relatórios do TCE e da CPI do Transporte na Câmara serão contempladas no próximo reajuste da tarifa, em fevereiro de 2014.
Sobre o contrato, o TCE já recomendou uma nova licitação, mas a prefeitura aguarda uma auditoria por parte da Urbs antes de tomar uma decisão. Roberto Gregório disse que algumas questões do contrato precisam ser resolvidas na Justiça e que não é de um dia para o outro que serão solucionados problemas que existem há anos, mas reiterou que o assunto está sendo tratado com muita atenção.
CPI
Hoje, às 14h30, será apresentado o relatório final da CPI do Transporte Coletivo na Câmara Municipal. O documento pedirá indiciamento de várias pessoas, anulação da licitação, redução da tarifa em pelo menos 12% e formalização de termo de ajustamento de conduta entre município e empresas.