Quem passa pelo Centro de Curitiba mal percebe a construção do século 19 localizada na Rua Presidente Carlos Cavalcanti. O prédio do Solar do Barão é hoje um dos principais centros de cultura da capital, pois abriga museus, ateliês e gibiteca.

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Construído entre 1880 e 1883 por Idelfonso Pereira Correia, o Barão de Cerro Azul, o prédio também foi utilizado pelo Exército Brasileiro como sede do 5ª Região Militar de 1912 e 1975, quando a estrutura foi adquirida pela prefeitura. Após uma reciclagem na estrutura e arquitetura do prédio, realizada pelo arquiteto Cyro Correia de Oliveira Lyra, o Solar do Barão foi reaberto em 1980 já com o objetivo de ser um local para a promoção da arte.

Gerson Klaina
Ana: é um espaço para todos e tenho certeza de que quem entrar não vai se arrepender.

Mais de três décadas após sua abertura, o espaço hoje é referência quando o assunto é artes gráficas. O local abriga os museus da Fotografia, da Gravura e do Cartaz, e ainda a Gibiteca, que é uma das maiores e mais completas do Brasil, com mais de 30 mil exemplares em seu acervo. Além disso, ainda conta em sua estrutura com salas de exposições que recebem obras de artistas nacionais e internacionais. “Trata-se de um espaço completo para quase todas as modalidades das artes gráficas”, explica Ana Gonzalez, que é coordenadora do Museu de Gravura e trabalha no local há mais de 20 anos.

Cursos

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O Solar do Barão é também um grande espaço de artes visuais para crianças e adultos. Lá, é possível fazer cursos de serigrafa, xilografia e litografia. “Os cursos são periódicos para pessoas acima de 16 anos. Aqui oferecemos toda a estrutura física para a realização das aulas. Os alunos bancam um pouco do material, nós do museu damos o resto. A ideia é sermos um grande espaço físico para as pessoas oferecerem seus cursos e os interessados fazerem as aulas que lhe interessam”, conta Ana.

Também há um centro de documentação e uma biblioteca especializada em artes. “É um grande ponto de referência para quem é interessado em artes gráficas em geral. Nosso acervo é bastante amplo e completo e está sempre à disposição das pessoas”, diz a coordenadora. “É um espaço que está aberto quase todos os dias e para todos os cidadãos. Estamos aqui no Centro, onde há muita gente circulando, e prontos para receber as pessoas. É um espaço para todos e tenho certeza de que quem entrar não vai se arrepender”, conclui Ana.

Gerson Klaina
Maristela:nos finaisde semana, falta lugar.
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Referência nacional

A Gibiteca de Curitiba, sediada no Solar, é hoje referência no assunto em todo o Brasil. Com mais de 30 mil exemplares no acervo, a estrutura ainda recebe diversos cursos, oficinas de criação, exposições, palestras, lançamentos e encontros de RPG. “Temos cursos de histórias em quadrinhos (HQ), Mangá, que é o quadrinho japonês, e outras ações e eventos, e muito gibis e livros relacionados aos temas‘, explica Maristela Garcia, coordenadora do espaço.

Ela ,conta que a gibiteca recebe um bom público quase todos os dias e nos finais de semana chega a faltar lugar para os leitores. “Como não fazemos empréstimos, o pessoal vem aqui para ler, pesquisar e conhecer novos quadrinhos. No sábado chega a faltar cadeira de tanta gente que vem”, relata.

O estudante Marcelo Henrique Pelosi, de 16 anos, é um dos frequentadores assíduos. “Moro aqui no Centro e sempre que posso venho aqui ver as novidades e ler as coisas antigas também. Aqui é bom porque consigo ler com calma e sempre acabo descobrindo uma ou outra coisa relacionada ao que estou lendo”, diz.

Gerson Klaina
Solar do Barão abriga museus da Fotografia, da Gravura e do Cartaz, além de uma das mais completas gibitecas do País.