Os socorristas do Samu e da Ecco-Salva, que ameaçavam entrar em greve hoje, voltaram atrás e aceitaram a proposta da prefeitura e da empresa para qual prestam serviço. O acordo foi votado em assembléia, ontem à noite, na sede do Sindesc (Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos e Serviços de Saúde de Curitiba e Região), no Edifício Tijucas. Eles concordaram com o aumento de 13% no salário, que passa a R$ 1.150 mensais, além do reajuste de 9% no adicional de insalubridade, mais aumento de 30% no vale-refeição, que ficou acertado em R$ 260.
Pelo acordo entre sindicalistas e empregadores, em reunião no início da tarde, no Ministério do Trabalho, os empregados receberão os valores retroativos a maio. Outra exigência do sindicato foi que a jornada de trabalho dos socorristas não ultrapasse às 36 horas semanais.
Reclamações
Mesmo aceitando a proposta de reajuste salarial, o grupo que compareceu à assembléia fez algumas reclamações com relação às condições de trabalho. Questionaram os descontos por causa de pequenos atrasos, danos às ambulâncias e demais equipamentos. “Saímos para a rua para salvar vidas e não premeditando bater a ambulância. Precisamos de mais respeito. Nossa preocupação é com a vida do paciente e a nossa equipe”, declarou um dos socorristas, que preferiu não ter o nome divulgado.