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A situação dos banheiros dos terminais de ônibus de Curitiba vem assustando os usuários. Em muitos, as pessoas evitam entrar, só os utilizando em casos de extrema necessidade.

"Os banheiros têm que melhorar bastante", diz a desempregada Mari Nelci da Silva, que ontem, no terminal do Boa Vista, foi até a porta do banheiro feminino e desistiu de entrar. No local, as portas estão pichadas e faltam assentos nos vasos sanitários. Papel higiênico e sabonete raramente estão disponíveis.

No terminal do Santa Cândida, a comerciante Luci Lazzarotto possui uma loja ao lado do banheiro masculino. Ela conta que, algumas vezes, o mau cheiro no sanitário é tão forte que chega a "invadir" o estabelecimento. "O pessoal da limpeza passa com freqüência no banheiro, mas os usuários são muito mal educados", afirma. Segundo ela, muita gente deixa de apertar a descarga e joga lixo no chão.

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A situação não é diferente no terminal do Cabral. Porém, no local, um outro problema vem preocupando funcionários e usuários do sistema de transporte coletivo: pessoas vêm utilizando os banheiros como motel. Um funcionário do terminal, que prefere não se identificar, conta que homens vêm utilizando as áreas reservadas dos banheiros masculinos para praticar sexo. "Isso acontece com bastante freqüência, causando constrangimentos a outros usuários. Alguma coisa deveria ser feita para evitar a situação", acredita.

Urbs

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A manutenção e a conservação dos banheiros presentes nos terminais de Curitiba são de responsabilidade da Urbs. De acordo com o órgão, os índices de vandalismo dentro dos banheiros são altíssimos. Constantemente são verificadas pichações, furtos de válvulas de descarga e trincos, entupimento da rede de esgoto com papel higiênico e saboneteiras arrancadas. Esses seriam os maiores empecilhos para que os sanitários se mantenham sempre higienizados. "Das 7h às 22h, existe sempre nos terminais um funcionário responsável pela manutenção e conservação dos sanitários. Nesse período, ele deve passar obrigatoriamente pelos sanitários no mínimo nove vezes. Além disso, o funcionário também vai ao sanitário para recolher lixo", informa a Urbs.

Segundo a Urbs, por causa da degradação dos sanitários, é preciso manter a cobrança em determinados pontos da capital. Os usuários têm que pagar R$ 0,40 para utilizar o banheiro no Parque Barigüi, R$ 0,50 na rodoferroviária e R$ 0,30 na Praça Osório e nas Arcadas do Pelourinho. A utilização é gratuita apenas nas Ruas da Cidadania (Fazendinha, Pinheirinho, Carmo, Boa Vista e Santa Felicidade) e nos terminais de ônibus, com exceção do terminal do Guadalupe. A Urbs arca os gastos com material de limpeza, pessoal, água, energia e conservação. De acordo com a Urbs, a implantação de sanitários de uso público é uma política municipal e que depende de estudos do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc).