Os sistemas de bilhetagem eletrônica (SBE) – que fazem o controle de operação, fiscalização e movimentação financeira do transporte coletivo – utilizados tanto em Curitiba quanto na Região Metropolitana vão passar por uma rigorosa avaliação, a ser feita em conjunto pela Urbs, Comec (responsável pelo transporte metropolitano), empresários do transporte e a comissão de auditoria da Urbs.
O trabalho, que se estenderá a todas as áreas dos SBE, é uma iniciativa da Urbs e vai avaliar, por exemplo, o controle de gratuidades, isenções, prazos de validade dos créditos transporte e operações financeiras, entre outros itens. Também servirá para identificar oportunidades de aprimoramento do controle e da manutenção dos sistemas e dos equipamentos necessários ao seu funcionamento, como catracas, validadores e nobreaks.
Esta é a primeira vez que os sistemas de bilhetagem são submetidos a uma avaliação conjunta envolvendo poder público e iniciativa privada. O objetivo, explica o presidente da Urbs, Roberto Gregorio da Silva Junior, é responder a todos os questionamentos, em mais uma medida de total transparência no transporte coletivo em Curitiba. “É preciso que todas as dúvidas sejam esclarecidas. Vamos fazer um levantamento completo, verificar e conferir todos os dados e informações, e isso será feito de forma aberta, com participação, inclusive, das empresas que operam o transporte coletivo”, afirma.
O sistema
O sistema de bilhetagem eletrônica no transporte coletivo de Curitiba começou a ser implantado em 2004, com a substituição dos antigos vales transporte de níquel e de papel pelo cartão transporte. Hoje, todos os ônibus da Rede Integrada de Transporte têm GPS, computadores de bordo e dispositivos eletrônicos que permitem monitoramento e comunicação em tempo real com o Centro de Controle Operacional (CCO) da Urbs.
As empresas de ônibus contam com um “espelho” do CCO da Urbs em suas garagens, fazendo o monitoramento e tendo comunicação com os ônibus de suas frotas. Assim, um aviso de problema mecânico, por exemplo, chega ao mesmo tempo à Urbs, a quem cabe a autorização para a troca do veículo, e à garagem responsável pelo envio de outro ônibus, agilizando o processo de substituição.
O SBE faz, entre outras funcionalidades, o controle da frota (quantos ônibus estão efetivamente rodando, por exemplo), controle de horários, velocidade desenvolvida, número de passageiros pagantes em dinheiro e com o cartão transporte, número de isentos, controle do crédito transporte, entrada de recursos da tarifa e pagamento às empresas.