O não-pagamento de salários atrasados dos professores por parte da Faculdade do Litoral Paranaense, sediada em Guaratuba, litoral do Estado, levou o Sindicato dos Professores no Estado do Paraná (Sinpropar) a protocolar, ontem, uma denúncia junto à Procuradoria Regional do Trabalho, em Curitiba. Parte dos pagamentos, que estavam atrasados desde agosto do ano passado, já havia sido acertada no final do ano mediante um termo de compromisso firmado entre a instituição e os professores, mas dois meses de salário continuaram em atraso. A instituição, entretanto, promete que fará os acertos até o próximo dia 13.
De acordo com o presidente do sindicato, Sérgio Gonçalves de Lima, em reunião realizada no Ministério do Trabalho em novembro de 2006, um termo de compromisso firmou que a instituição pagaria os atrasados de agosto, setembro e outubro, além de cumprir em dia os pagamentos dos meses seguintes e do décimo terceiro dos 30 professores que trabalham no campus de Guaratuba. ?Mas as denúncias dos professores dão conta de que isso não aconteceu e a instituição não vem pagando os salários?, afirma o sindicalista. Conforme os docentes, os salários de outubro e dezembro ainda não foram pagos. Em vista disso, o sindicato protocolou uma denúncia junto ao Ministério do Trabalho exigindo que a procuradoria tome as medidas cabíveis.
O gerente financeiro Thadeu Plocharski Júnior, do grupo mantenedor da faculdade, o Isepe (Instituto Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão), justifica os atrasos em função dos altos índices de inadimplência por parte dos alunos. ?Fizemos um grande investimento em Guaratuba, de mais de R$ 6 milhões, e o retorno não veio tão rápido quanto esperávamos. Além disso, assim como em outras instituições, a inadimplência conosco gira em torno de 25% a 30%?, explica. Ele promete que os atrasados serão acertados entre a segunda e terceira semana do mês acrescidos de multa de R$ 1 mil. Segundo o gerente, apesar dos prejuízos acarretados pela instituição, demissões não estão previstas. ?Já enxugamos a estrutura e os cortes possíveis fizemos todos, mas demissões agora não acontecerão, até porque as aulas estão recomeçando?, garante. Ainda assim, a instituição afirma que pretende ampliar os cursos oferecidos no campus no litoral.