Sindserv apura demissão em Londrina

O ex-agente da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização de Londrina (CMTU), Weydson da Silva, acredita que foi demitido do órgão porque autuou o prefeito Nedson Micheletti e o diretor da CMTU, João Verçosa, falando ao celular enquanto dirigiam nos meses de julho e setembro deste ano, respectivamente. O agente foi demitido no início deste mês, mas a homologação de sua carta de demissão, que deveria sair esta semana, deve ter de esperar um processo administrativo que será aberto pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Londrina (Sindserv). Prefeitura e CMTU afirmam, no entanto, que não era Micheletti quem dirigia o carro que levou a primeira multa, e que a demissão do funcionário aconteceu por outro motivo.

O sindicato quer apurar as causas da demissão, motivada como justa causa pela CMTU. O agente de trânsito disse que, depois das multas, passou a encontrar dificuldades para realizar o trabalho de rua. ?De uma hora para outra não confirmavam informações primordiais para eu concluir os autos.? Ele alega que, após a demissão, não teve chances de defesa. ?Sequer fui ouvido em sindicância para me defender?, acusou.

Para o sindicato, o motivo de justa causa não se aplica à demissão do funcionário. ?A demissão só pode ser efetivada após inquérito que apura a falta grave?, afirma o secretário de assuntos jurídicos do Sindservs, Julio Ribeiro.

Já a Prefeitura e a CMTU defendem que Weydson está equivocado. De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura, não era Micheletti quem dirigia o carro autuado em julho, e sim o funcionário Rafael Augusto Silva, do Núcleo de Participação Popular, que teria já se apresentado e pagado a multa. Já a CMTU admite que era o diretor João Verçosa o motorista do carro que levou a segunda multa e que irá pagar a autuação. ?Ele me assegurou que não viu agente nenhum e que não fala ao telefone quando está dirigindo. Mas como a multa estava com dados corretos do veículo, ele se apresentou como condutor?, atesta o presidente da CMTU, Gabriel de Campos.

O presidente da companhia garante, porém, que a demissão do funcionário foi por outro motivo. ?Ele multou em um mesmo dia cinco vezes o mesmo carro, no mesmo horário.? Como a companhia é mista, de acordo com Campos, os funcionários regidos pela CLT e que não têm estabilidade dispensam abertura de processo administrativo quando de suas demissões. ?E ele não ficou sem direito de defesa. Enviamos correspondência solicitando explicações e ele redigiu outra em resposta, inclusive desrespeitando funcionários e autoridades?, diz.

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