A síndrome da apneia do sono não tratada aumenta significativamente o risco de morte, o risco de eventos cardiovasculares e a duração média de internações. Dados são de estudo realizado pelo Instituto Politécnico de Coimbra (Portugal), publicado nos Arquivos Brasileiros de Cardiologia.

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De acordo com o trabalho, “Mortalidade e Incapacidade em Pacientes com Apneia do Sono – Uma Metanálise”, o maior risco de morte em pessoas com síndrome da apneia do sono pode ser explicado porque a maioria destes pacientes são obesos, diabéticos ou hipertensos, “levando a uma maior vulnerabilidade do organismo, maior suscetibilidade ao desenvolvimento de câncer e ao aparecimento de infecções”.

Já o risco de eventos cardiovasculares é frequente, explica a pesquisa, pois o coração desses pacientes é exposto à hipóxia intermitente, o que pode resultar em aumento na pré e pós-carga, na atividade simpática e na disfunção endotelial. “A presença constante destas mudanças a longo prazo é prejudicial, o que provavelmente é a causa para a ocorrência de eventos cardiovasculares, fatalidades e aumento no número de dias de hospitalização nestes pacientes”, diz o artigo.

O aumento no número de dias de hospitalização, segundo os autores, provavelmente também reflete uma frequência mais alta de complicações peri-hospitalares e uma recuperação geralmente mais lenta de diversas doenças clínicas, que por sua vez, explica o texto, “podem também ser mais severas”.

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