Servidores da Previdência Social, em greve por tempo indeterminado desde o último dia 2 de junho, promoveram ontem, na agência do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) da Rua João Negrão, em Curitiba, um ato público com café da manhã para esclarecer a população sobre os motivos da paralisação. O ato foi organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores Federais da Saúde, Trabalho e Previdência Social do Paraná (Sindiprevs-PR).
?A greve ainda não teve fim porque o governo vem se mostrando intransigente e pouco disposto a negociar com os servidores, dando pouca importância a nossas reivindicações?, disse um dos diretores do Sindiprevs-PR, Nelson Malinowski. ?Não queremos prejudicar a população. Muito pelo contrário, nossa intenção é que haja melhores condições de trabalho e que, dessa forma, também melhore o atendimento dado à população, diminuindo as filas?.
Os grevistas reivindicam reestruturação de carreiras; manutenção e extensão do Plano Cargos, Carreiras e Salários (PCCS); cumprimento de acordos realizados em greves anteriores; realização de concurso público para contratação emergencial de no mínimo 5 mil novos trabalhadores em todo o território nacional; e reajuste salarial de 18%, referente a perdas acumuladas desde o início do governo Lula.
?Até agora, o governo não nos propôs qualquer aumento salarial. Ofereceu apenas uma gratificação por desempenho de 9% a 16%, que foi rejeitada?, explicou Malinowski. ?Diante da situação, a Federação Nacional dos Sindiprevs está estudando uma proposta intermediária entre o que a categoria deseja e o que o governo nos oferece. Essa proposta será analisada pela Casa Civil e pelos ministros Nelson Machado (Previdência Social) e Paulo Bernardo (Planejamento).? A proposta intermediária ainda não foi definida.
A greve está atingindo o atendimento de 28,62% (336) das agências da Previdência Social do País. No Paraná, 67% dos servidores aderiram à paralisação e o atendimento é parcial nos 52 postos do INSS existentes.
