Os ônibus voltaram a circular na manhã desta quinta-feira (27), após decisão do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR) expedida na tarde de quarta-feira (26) e que exigia frota mínima de 50% em horários de pico.
No entanto, de acordo com levantamento da Urbs, apenas 40% do efeito estava funcionando no início da manhã, o que vai contra a ordem da desembargadora Ana Carolina Zaina. O Centro de Controle Operacional (CCO) da Urbs repassou os dados para a prefeitura, que enviou as informações, para providências, à Justiça do Trabalho, que fixou multa de R$ 100 mil por dia em caso de descumprimento.
Depois das 8 horas da manhã, o CCO registrou aumento na circulação de ônibus, passando para 44% e chegando a 52,6% da frota do transporte coletivo as 10h40. No período da tarde, o sistema opera com 55,45% da frota em circulação.
O Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região (Sindimoc), por sua vez, informou que o efetivo foi de 50% pela manhã e que houve casos isolados de trabalhadores que não queriam voltar aos seus postos de trabalho.
A Urbs, autarquia que opera o sistema de transporte em Curitiba, já havia conseguido na última terça-feira (25) decisão semelhante, no entanto, o Sindimoc havia descumprido a ordem judicial.
Ônibus nas ruas
Por volta das 5h30 da manhã já foi possível encontrar passageiros à espera de coletivo em terminais como o do Boqueirão, Carmo e Hauer. Os veículos circulavam em menor número e com pouquíssimos passageiros, orientados por cobradores a não pagar a passagem. No entanto, alguns leitores entraram em contato com o Paraná Online e relataram que em alguns bairros da capital ainda não havia ônibus.
Fiscalização
O prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, reiterou, por meio de sua conta nas redes sociais, que a questão da frota mínima está sendo investigada pela prefeitura e que, caso o descumprimento seja comprovado, as providências cabíveis devem ser tomadas, incluindo a aplicação de multa diária de R$ 100 mil.
Na tarde de quarta-feira (26), Fruet afirmou que pediria a prisão dos presidentes dos sindicatos dos patrões e dos trabalhadores caso ficasse comprovada que a paralisação foi orquestrada para que o valor da tarifa fosse reajustado para R$ 3,40.
Táxi
As centrais de rádio táxi ainda trabalham com efetivo maior que o normal, no entanto, o número de carros nas ruas deve ser inferior ao encontrado na quarta-feira, quando houve 100% de paralisação do transporte coletivo. Além disso, já são mais de 260 veículos cadastrados para transportar passageiros.