Terminou sem acordo, na tarde desta sexta-feira (28), a terceira audiência conciliatória com o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região (Sindimoc) e o Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp). Reunidos no Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR), os ânimos ficaram mais exaltados que nos dias anteriores.
A proposta feita pelo TRT-PR de reajuste de 9,28% (5,26% INPC + 3,82%), abono de R$ 300 e reajuste de 10,5% na cesta básica deve ser discutida pelos motoristas e cobradores até 15 horas de sábado (1º). Caso não haja acordo entre trabalhadores e patrões, será encaminhado o julgamento do dissídio para o colegiado de desembargadores. O Sindimoc marcou para este sábado, 9h30 da manhã, uma assembleia na Praça Rui Barbosa, na região central de Curitiba, para votar a proposta do TRT-PR.
Após o fim da audiência, a desembargadora Ana Carolina Zaina corrigiu uma informação divulgada anteriormente pelo TRT-PR e afirmou que não determinou que os trabalhadores retornem ao trabalho até a meia-noite. A vice-prefeita de Curitiba, Mirian Gonçalves, estava presente a sessão e disse que toda a negociação e seu impactos financeiros foram integralmente assumidos pelos cofres públicos da prefeitura. Ela assumiu o compromisso de honrar os percentuais apresentados pelo TRT-PR.
O Sindimoc pediu para que os dias parados não sejam descontados dos trabalhadores. O representante do Setransp declarou que aceita não descontar os dias parados, desde que a proposta seja aprovada em assembleia e haja a volta ao trabalho.