A proximidade do feriado de Natal está deixando a população que tem o hábito de enviar cartas ou encomendas um pouco preocupada. Alguns relatos revelam que os Correios estariam atrasando as entregas.
Se, por um lado, a empresa afirma que não há o que temer, pois tem a situação sob controle, por outro o Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR) teme que um “apagão” pode estar por vir.
De acordo com o diretor-financeiro do Sintcom-PR, Sebastião Rodrigues da Cruz, a tríade falta de funcionários, ausência de concurso e aumento na demanda é a responsável por esta situação.
“Estamos há dois anos sem concurso para a contratação de novos profissionais. Tivemos, há algum tempo, um Plano de Demissão Voluntária (PDV), que diminuiu sensivelmente nosso quadro de funcionários. Como estamos em uma situação financeira favorável, aumentou o volume de encomendas despachadas. Isso está se tornando um verdadeiro caos para gente”, comenta.
Para o sindicalista, muitas correspondências irão atrasar se nada for feito. “Nós tememos que haja um colapso, pois a situação está propícia. Estamos com um efetivo menor e os que trabalham estão sendo obrigados a fazer hora extra para dar conta do recado, algumas vezes até aos domingos. Se em dias normais já está difícil fazer o trabalho, imagina então neste período de Natal”, indaga.
Concurso
A assessoria de comunicação dos Correios explica que existe mesmo a necessidade da realização de um concurso para a contratação de novos servidores.
Entretanto, informou que, com o atual contingente, é possível realizar todas as entregas. A empresa assume que pode acontecer de algo atrasar, mas que se tratam de casos isolados e pontuais.
A assessoria também informou que, antigamente, havia um plano de final de ano para que nenhuma correspondência atrasasse. Porém, houve uma queda nesses serviços e o plano só será colocado em prática caso realmente haja necessidade.
Para finalizar, a assessoria afirma que se houver reclamação de atraso de encomendas em um determinado local, uma equipe irá acompanhar o caso para ver o que pode ser feito.