O presidente do Sindicato da Indústria da Panificação e Confeitaria no Estado do Paraná, Joaquim Cancela Gonçalves, vai propor aos panificadores paranaenses a cobrança do pão francês por quilo. A medida visa combater o aumento do preço do produto devido à alta do dólar e impedir a atuação de maus profissionais, que vendem o pão de 50g pelo mesmo preço mas com peso inferior. Ontem, em comemoração ao Dia Internacional do Pão, foi produzido em uma olaria de Curitiba um pão gigante, com 161 metros e 61 centímetros de comprimento. Cada metro do pão pesava 1,390 quilos. A idéia dos organizadores do evento era bater o recorde mundial em comprimento de pão e entrar no Livro Guiness dos Recordes.
Gonçalves questionou o fato de o Brasil produzir apenas 30% do trigo utilizado aqui. O restante é todo importado, pago em dólar, o que onera o custo. Para justificar o fato, ele colocou dados mostrando que cada brasileiro consome apenas 27 quilos de pão por ano, enquanto o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 60 quilos anuais. “O que falta ao povo é dinheiro para comprar. E ao governo, políticas que incentivem o plantio de trigo, o que geraria empregos na agricultura e na panificação”, afirmou Gonçalves. Quanto ao pão por quilo, ele disse que seria a solução para o consumidor que muitas vezes “compra gato por lebre” levando para casa pães com 30g ou 20g.
Pão gigante
O pão gigante foi feito num evento organizado pela Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria. Participaram sindicatos de panificadores do Paraná, Piracicaba, Vale do Paraíba, Espírito Santo, Goiás e Rio Grande do Sul. No Paraná, o sindicato levou pouco mais de quatro horas para fazer o pão de massa italiana com mais de 161 metros. Foram gastos 144 quilos de farinha de trigo, 288 ovos, 43 litros d?água, 7,2 quilos de fermento, 2,8 quilos de sal, 18,7 quilos de açúcar, 7,2 quilos de margarina, 7,2 quilos de leite em pó e 57,6 quilos de massa fermentada. Ao todo o pão feito com a pretensão de ser o maior do mundo tem 302,4 quilos. Para assá-lo foi necessário o forno de uma olaria. O pão foi oferecido para sessenta crianças da Pastoral da Criança e para as vizinhas da Tijolajes, empresa que cedeu o forno.