O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Quedas do Iguaçu negou que tenha qualquer ligação com os pequenos agricultores que invadiram uma área de reflorestamento da Fazenda Araupel, na região sudoeste do Estado. A entidade também informou que nem estava sabendo da situação de impasse na área invadida.

Cerca de 100 pessoas ocuparam o terreno na madrugada de sábado, e ainda permanecem no local. Alguns funcionários da empresa de extração de madeira e fabricação de celulose e papel alegaram que os agricultores teriam uma ligação com o sindicato. Os invasores estariam realizando a ação para chamar a atenção do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), com relação à participação no projeto de reforma agrária a ser implantado no local. Apesar da invasão, os trabalhos não foram interrompidos.Um dos administradores da empresa, que preferiu não se identificar, informou que os invasores estão alojados pacificamente. A empresa aguarda o mandado de reintegração de posse da fazenda, que deve ser expedido ainda hoje. O administrador informou que todas as ações jurídicas foram devidamente tomadas, e agora esperam pela decisão judicial.

A empresa tem 3 mil trabalhadores, entre empregos diretos e indiretos. Quase 70% da receita municipal vem da empresa. Percebendo isso, o administrador da Araupel ressaltou que é praticamente impossível deixar que a invasão permaneça sem uma solução, o que poderia afetar a economia de toda a região de Quedas do Iguaçu. Eles esperam que a paralisação dos trabalhos não venha a acontecer.

Antonina

A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) recebeu ontem uma carta de Pedro Paulo Pamplona, proprietário da Fazenda São Rafael, reclamando da falta de cobertura policial para o cumprimento do mandado de reintegração de posse do local, na semana passada. Ele alegou que somente dois oficiais de Justiça compareceram na região. O local foi desocupado por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) na última sexta-feira.

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