Condições precárias durante a reforma no Hospital Zona Norte – Anísio Figueiredo levaram o Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos Estaduais do Serviço de Saúde e Previdência do Paraná (Sindsaúde-PR), entidade estadual que representa os servidores da saúde, a promover uma manifestação ontem, em Londrina.
Pela manhã, os servidores protocolaram uma denúncia na Vigilância Sanitária e na Promotoria de Defesa Pública. A acusação é de desordem na reforma do hospital, que estaria colocando em risco a saúde de pacientes e empregados. Entre os pontos falhos indicados estão risco de contaminação dos pacientes na sala de repouso pós-cirúrgico, cozinha e ambulatório improvisados e ambientes sem ventilação.
Segundo a diretora do Sindisaúde, Elaine Rodella, os servidores estão estressados por conta da precariedade no hospital. ?As condições higiênicas e sanitárias são insuficientes. A cozinha funciona onde antes havia um tipo de almoxarifado, no qual foram colocados canos de água e pias improvisadas. Pelo que percebemos, também não há separação de louça suja e limpa, o que não é aceitável em um hospital?, afirma.
Como a lavanderia foi desativada, a roupa suja está sendo lavada no Hospital Universitário e o transporte de roupa limpa acontece no mesmo veículo da roupa suja, o que transgride recomendação da Vigilância Sanitária. ?Não entendemos como a reforma recebeu autorização para ocorrer dessa forma. A Vigilância Sanitária deve ter visitado o local antes das improvisações?, opina Elaine. A Vigilância Sanitária tem poder de fiscalização e autuação, podendo estipular um prazo para regularização da situação, multar ou até interditar o hospital.
Além da reforma, a construção de uma nova ala teve início há dez meses. A previsão era que tudo estivesse pronto em julho. O diretor-geral do hospital, Elzo Augusto Carreri, informou que a nova ala deve ser entregue em três meses e que há controle de infecção hospitalar no local. ?Não há riscos para servidores ou pacientes e o atendimento está sendo garantido com qualidade.? De acordo com Carreri, após a conclusão da reforma, o número de pacientes atendidos pode dobrar. O hospital atende de 250 a 300 pessoas e faz cerca de 25 cirurgias por dia.