Quem dirige no trânsito complicado de Curitiba fica irritado quando não consegue andar após o semáforo ficar verde e já fechar em seguida. Ou quando para em toda quadra que tem semáforo e não pega um sequer com sinal verde. A sincronização dos equipamentos, que abrem ou fecham conforme o trânsito, dá mais dinamismo, mas nem sempre consegue solucionar os pontos de tráfego intenso.
Atualmente, os semáforos da região central de Curitiba são sincronizados. Isso ocorre na Rua Martim Afonso, na Avenida Visconde de Guarapuava e na Avenida Getúlio Vargas, por exemplo. A sincronização também está programada na Rua Francisco Rocha, que corta os bairros Bigorrilho e Batel. Dependendo do horário, o motorista para em todos os semáforos do trecho.
A sincronização é realizada conforme horário, hierarquia dos cruzamentos, características das vias e o fluxo do trânsito, informa o secretário municipal de trânsito, Marcelo Araújo. “O ideal seria a chamada “onda verde’, na qual o motorista pega todos os semáforos abertos, mas em determinados horários isso fica prejudicado. E também não consegue manter esta consistência pelo volume de veículos”, afirma.
Ele dá como exemplo o cruzamento das ruas Padre Agostinho e Mário Tourinho. As duas vias são características similares, com a mesma quantidade de pistas e importância. “Vai chegar um momento que alguém vai ter que parar. É um verdadeiro xadrez”, comenta Araújo.
Com a implantação do Centro de Controle Operacional (CCO), inaugurado na semana passada, futuramente será possível agir no sincronismo dos semáforos conforme a demanda de momento. Os operadores poderão alterar a programação para tentar diminuir ou evitar um congestionamento. “Uma pequena modificação, com o semáforo aberto por mais alguns minutos, pode fazer diferença”, explica o secretário.
A Central de Tráfego em Área, dentro do CCO, será a responsável pelo monitoramento e intervenção nos semáforos. A meta é controlar 190 semáforos do Anel Central no sistema autoadaptativo, que abrem e fecham conforme o tráfego, o que permitirá que o sinal fique fechado por mais tempo na via que está sem circulação de veículos.