O Sistema Nacional de Atendimento Médico (Sinam) está oficialmente funcionando em Ponta Grossa desde a manhã desta quinta-feira. 15. O Sinam, que oferece consultas médicas particulares a preços reduzidos para seus usuários foi lançado na noite de quarta-feira pela Associação Médica de Ponta Grossa, em parceria com a Associação Médica do Paraná. O sistema já nasce com 45 médicos cadastrados, abrangendo praticamente todas as especialidades da medicina. “E, ao colocarmos em prática, certamente mais profissionais nos procurarão”, disse o presidente da AMPG, dr. Gilmar Alves Nascimento.
Com o lançamento, Ponta Grossa passa a ser a maior cidade do interior do Estado a contar com o sistema, que já funciona em Curitiba, Araucária, Foz do Iguaçu, Campo Mourão, Pato Branco e Toledo, com mais de mil médicos cadastrados e 500 mil usuários ativos. “O Sinam é uma opção muito válida de atendimento à população que não pode pagar plano de saúde, não pode pagar Unimed, mas que também não quer ficar na fila do SUS, esperando dois meses por uma consulta de especialidade ou três meses por um exame complementar ou anos por uma cirurgia”, disse o presidente da AMP, João Carlos Baracho.
O vice-presidente da AMP e da Associação Médica Brasileira, José Fernando Macedo lembrou que o Sinam é uma excelente alternativa para médicos e cidadãos por não haver intermediários nesta relação. “Para o médico, é pagamento à vista, em valores bem maiores que os pagos pelos convênios. Para o paciente, é consulta particular com valor reduzido. Ou seja, o sistema traz benefícios para os únicos dois lados que importam na relação médico-paciente, não tem como não se tornar uma realidade”, disse. “Então, ao invés de atendermos através daqueles cartões de desconto, que só servem para alguém ganhar dinheiro em cima do médico, vamos atender pelo Sinam, que é um serviço da Associação Médica para seus associados, ou seja, que não tem ninguém ganhando dinheiro em cima”, acrescentou.
O presidente da AMPG lembrou que o Sinam não nasce para concorrer com planos de saúde ou cooperativas médicas. “Quem paga um plano ou uma Unimed vai continuar pagando. Nosso serviço é para quem não pode pagá-los. Viemos para ocupar uma lacuna existente”, disse. “Coroando nossa mobilização como classe médica, estamos lançando um serviço para prestar a população um serviço médico referenciado àqueles que antes não tinham acesso a esse serviço. Os que estão fora da saúde suplementar, os que estão fora da nossa cooperativa”, concluiu.