Silo da CBL desaba em Paranaguá

O silo da Companhia Brasileira de Logística (CBL) no Porto de Paranaguá, que teve uma fissura horizontal na base, na sexta-feira, e estava sob risco de desabamento, caiu na manhã de ontem. Apesar da violência com que a estrutura de 42 metros de altura ruiu, ninguém ficou ferido, pois a área estava isolada e todas as equipes que trabalhavam no local deixaram as proximidades meia hora antes da queda. A CBL terá acesso somente hoje às explicações da Construtora Vasconcellos – empresa de engenharia responsável pela obra – sobre as causas do incidente.  

Cerca de 40 homens trabalharam durante a tarde e noite de ontem na retirada dos escombros. As atividades começaram logo depois que a perícia do Instituto de Criminalística vistoriou o local. O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil, junto com os operários da CBL e da Construtora Vasconcellos, permaneceram focados na remoção do material que interrompeu a via de acesso principal ao porto, entre a CBL e o terminal de contêineres.

Ontem, carros e caminhões tiveram de usar um acesso secundário. Mesmo assim, segundo a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), não houve prejuízo das atividades portuárias. A previsão é liberar a via ainda na manhã de hoje, mas, segundo a CBL, a remoção total dos escombros deve durar três dias.

Desabamento

Minutos antes do desabamento, uma equipe responsável pela estrutura metálica do silo fazia uma vistoria no local. O coordenador da Defesa Civil de Paranaguá, Álvaro Domingues Neto, conta que observava constantemente a fissura e a inclinação do silo para verificar as condições da estrutura. ?Houve o rompimento do concreto e as ferragens não estavam suportando o peso lateral. Foi quando abriu uma fenda e tendeu ao quadro, desabando pouco depois?, explica. Nesse momento, não havia mais ninguém por perto, já que o silo dava sinais que desabaria. De acordo com o coordenador, as equipes trabalhavam sob autorização da empresa Vasconcellos. ?O engenheiro responsável pela obra emitiu documento afirmando que o pessoal poderia trabalhar ali, sem problemas?, lembra. O laudo final sobre os motivos do desabamento, segundo a CBL, será fornecido pela construtora e por um perito contratado pela empresa. A análise ficará por conta da perícia da Defesa Civil.

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