Segurança

Shoppings intensificam treinamento

Os shoppings centers tornaram-se lugares com grande movimentação de pessoas, seja para comprar, comer ou passear. Ainda mais chegando o final do ano, quando os corredores ficam lotados de clientes.

Escorregões, tropeços e quedas na escada rolante podem acontecer e atrapalhar o trajeto dentro do shopping center. Os clientes devem tomar cuidados, mesmo com o preparo dos estabelecimentos em atender o público.

Cada shopping center determina como será o atendimento e a estrutura para os casos de acidentes, segundo a Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce).

A entidade garante que, apesar de não existir uma lei federal que obrigue a instalação de postos médicos dentro dos estabelecimentos, a maioria possui médicos e enfermeiros à disposição dos clientes.

No Shopping Mueller, por exemplo, os funcionários estão preparados para orientar as pessoas sobre o uso correto das escadas rolantes, impedindo inclusive a entrada de carrinhos de bebê no local.

Também há a prática de sinalizar quando o piso está molhado, entre outras. Os seguranças estão treinados para emergências médicas: o cliente é encaminhado para o ambulatório do shopping e depois para o posto médico. Caso haja necessidade, o transporte do acidentado acontece em uma UTI móvel de uma empresa conveniada para hospitais mais próximos.

Alfinete

Os clientes devem ficar atentos também dentro das lojas, que precisam estar preparadas para uma possível intervenção se houver um acidente. A engenheira de alimentos Cláudia Degáspari pisou em uma almofada de alfinetes deixada do chão enquanto experimentava roupas no provador de uma loja localizada dentro de um shopping de Curitiba.

Os alfinetes perfuraram a planta do seu pé. Sangrando muito, ela pediu ajuda para a vendedora, que somente ofereceu um band-aid, de acordo com Cláudia. Ninguém da loja se prontificou a ajudá-la. Ela foi procurar a administração do shopping, que a encaminhou para um ambulatório.

“Fiquei muito nervosa na hora, com aquela almofada de alfinetes grudada no pé. O que me deixou mais chateada foi o descaso. Tive a sensação de que não quiseram prestar socorro na loja para não espantar clientes”, relatou.

Dano moral

A advogada do Procon/PR, Claudia Silvano, explica que o cliente deve procurar a gerência da loja quando acontece algum acidente dentro do local. Dependendo da gravidade, o cliente deve ser encaminhado para um médico.

O lojista que não tomou providências pode ser responsabilizado e o cliente pode propor uma ação de danos morais. Para isto, basta ter uma testemunha, se não houver comprovante do atendimento médico dentro do shopping.

A advogada explica que o shopping pode responder por casos de escorregão nos corredores pelo piso molhado, por exemplo. “Se um funcionário está limpando o chão e não colocou a placa de sinalização, há responsabilidade do estabelecimento por deixar de avisar. Outra questão é ver se o aviso é adequado. Não adianta colocar um placa a dez metros do piso molhado. A sinalização tem que cobrir todo o local que está sendo higienizado”, explica.

Se um cliente derrubar um refrigerante no chão e outra pessoa escorregar, o caso deverá ser apurado. Ela orienta o acidentado a procurar o setor de atendimento do shopping e verificar o procedimento a ser seguido.

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