Um projeto da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) irá criar as bases para um programa de planejamento e avaliação institucional para o sistema estadual de ensino superior do Paraná. Segundo o secretário Aldair Rizzi, o programa permitirá maior transparência e intercâmbio entre as instituições, além de promover a avaliação e divulgação de projetos de pesquisa e extensão que são produzidos nas universidades.

O projeto prevê o desenvolvimento de um banco de dados único das universidades estaduais, que servirá de apoio para a Secretaria e para as próprias instituições nos processos de tomada de decisões, gestão, planejamento e avaliação universitária.

Serão dados relativos a professores, funcionários, alunos, regimes de trabalho, qualificação, cursos, área de conhecimento, entre outros. O projeto foi apresentado aos reitores das universidades estaduais em reunião realizada na segunda-feira.

A idéia é inédita no Estado e surgiu após a entrega, na semana passada, de um relatório ao governador Roberto Requião, realizado por um grupo de trabalho da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior sobre a distribuição do tempo de trabalho dos professores com dedicação exclusiva. O documento gerou polêmica e poderá contribuir para a melhoria da qualidade de ensino superior no Estado.

De acordo com o relatório, a quantidade de professores com pesquisas cadastradas no Estado é alta. O secretário Rizzi afirma que esse número deve representar um indicativo de que a produção científica das instituições também é alta. ?Essa situação será constatada e é parte específica do projeto de avaliação?, concluiu.

O reitor da Universidade do Oeste do Paraná (Unioeste), Ricardo Rocha de Oliveira, afirma que o trabalho de avaliação institucional deve funcionar de forma permanente e acredita que a proposta da Seti vai ajudar as universidades a se conhecerem melhor, possibilitando que sejam feitas as correções necessárias para a implantação de políticas mais adequadas.

A reitora da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Lygia Pupatto, apóia o projeto e encara como um estímulo a melhorar ainda mais. Segundo ela, toda avaliação é bem-vinda, já que as universidades devem deixar claros para a sociedade todos os seus parâmetros. ?As condições de trabalho da instituição repercutem na formação dos nossos alunos. O projeto é extremamente importante e está associado à nova regulamentação do governo federal que já propôs uma nova avaliação?, lembrou.

Ficou marcada para a próxima segunda-feira uma reunião em que os reitores deverão apresentar um resumo dos projetos de pesquisas e extensão realizados nas instituições, oferecendo subsídios para a definição de metodologia e linhas de trabalho para o programa de avaliação institucional.

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