Apesar da presença do governador Roberto Requião em Londrina para o anúncio de investimentos na reforma e ampliação de hospitais na cidade, continua o problema da espera por uma vaga em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) em Londrina. Ontem, só no Hospital Universitário (HU), sete pessoas aguardavam por uma vaga. O promotor de Defesa dos Direitos Constitucionais e Saúde Pública da cidade, Paulo Tavares, revelou ontem que o Ministério Público (MP) intercedeu a favor de uma família que havia procurado o órgão para garantir a transferência de um paciente para um leito de terapia intensiva da Santa Casa.
?Mas não adianta todo o paciente que está na fila recorrer a nós, já que não criamos vagas?, explica o promotor. Na avaliação de Tavares, não há como o MP interceder por todos e o sistema de saúde precisa apresentar condições de absorver toda a demanda. O temor do promotor é que se repita a situação do ano passado, quando alguns pacientes morreram enquanto esperavam tratamento intensivo. ?O MP aguarda decisão do Tribunal de Justiça sobre uma ação civil pública contra o Estado que apresentou logo após as mortes.?
Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, o tempo médio de espera por leito de UTI no Paraná, após a entrada na central de leitos, é de 6h. A secretaria também informou que a Central de Leitos de Londrina dispõe de 228 leitos de UTI credenciados pelo SUS, mas não especificou porque existe fila constante no HU.
Investimentos
Contrastando com essa situação, o governo do Estado já anunciou a compra de equipamentos para mais 30 leitos de UTI no HU, além da criação do Centro de Tratamento de Queimados do hospital, que contará com seis leitos de UTI, além de 10 leitos de enfermaria. Ontem, a Secretaria da Saúde autorizou a realização de obras de reformas e ampliação do Hospital Zona Norte e do Hospital Zona Sul de Londrina. Serão investidos mais de R$ 11 milhões nos dois hospitais que, juntos, terão um acréscimo de 160 leitos.