A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) estima que 20 mil pessoas que vivem no Paraná têm o vírus da aids mas não sabem. O dado foi um incentivo a mais para que o Estado aderisse à mobilização nacional para incentivar as pessoas a fazerem o teste rápido do HIV e descobrirem, o mais cedo possível, se têm a doença ou não.
Cerca de 400 unidades de saúde de todo o Paraná vão disponibilizar, a partir da próxima segunda-feira, este teste. O lançamento da mobilização será em Londrina, no norte do Estado, hoje, às 9h, com a presença do atleta Diego Hipólito. A mobilização ocorre até o dia 15 de outubro.
O teste rápido consta da retirada de um pouco de sangue de um dos dedos. O resultado sai em no máximo 40 minutos. Já o teste convencional é feito pelo exame de sangue, mas leva cerca de uma semana para ficar pronto.
Ambos são gratuitos. A gerente do Programa DST/Aids de Londrina, Regina Cortez, explicou que a iniciativa do Ministério da Saúde quer atingir tanto o próprio doente como as pessoas que estão a sua volta.
“Sabemos que existem casos em que o vírus fica até dez anos no organismo da pessoa, mas a doença não se manifesta. Quanto mais cedo ela souber que tem aids, melhor, pois assim poderá se conscientizar e não transmiti-lo mais. O outro benefício é que ao descobrir a doença, é possível fazer tratamentos para ter mais qualidade de vida”, explicou. Só em Londrina foram realizados 448 exames este ano, sendo que 32 foram positivos.
O chefe da Divisão de Controle DST/Aids da Sesa, Francisco dos Santos, lembrou que não existem mais os chamados “grupos de risco” e que todos têm que se cuidar. “Os testes rápidos servem para que as pessoas com aids tenham mais qualidade de vida”, comentou.
Além dos 20 mil estimados que devem ter o vírus mas não sabem, outras 20 mil pessoas já estão doentes no Estado. Os locais com maiores incidências são a regional de Paranaguá, no litoral, e a de Curitiba e Região Metropolitana, com 19,22 e 16,55 casos por 100 mil habitantes, respectivamente.