Servidores querem mais investimentos para a saúde

Servidores municipais aguardam audiência amanhã com a direção do Instituto Curitiba de Saúde (ICS) para reivindicar maior aplicação de recursos na instituição, que faz o atendimento de saúde para funcionalismo. Eles denunciam problemas no serviço prestado e a situação pode ficar pior caso não haja interferência da prefeitura.

O Sindicato dos Servidores Municipais Públicos de Curitiba (Sismuc) e o Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac) lançaram a campanha “Por que não?”, para sensibilizar a administração municipal a ampliar o repasse de 3,65% sobre a folha de pagamento dos servidores para 5,65%. Atualmente, os funcionários contribuem com 3,14% do salário, em contrapartida.

De acordo com Patrícia de Morais, da diretoria do Sismmac, o acréscimo dos 2% ainda não seria suficiente para acabar com os problemas do ICS, mas se tornaria um caminho para a reestruturação do instituto. “Os 2% reivindicados estão na avaliação da empresa contratada pela prefeitura. O levantamento mostrou a necessidade de maior financiamento. Sugere a manutenção dos 3,14% dos servidores e o aumento por parte da prefeitura”, explica.

Serviço interno

A presidente do Sindicato dos Servidores Municipais Públicos de Curitiba (Sismuc), Marcela Alves Bomfim, explica que é necessário discutir a sustentabilidade do ICS. “Já foram fechados vários convênios e o serviço interno está precário. O ICS funcionando com qualidade é um benefício para o servidor”, afirma.

Preocupação com a nova medida

Os servidores reclamam da dificuldades na marcação de consultas e a falta de atendimento em várias especialidades. Outro cenário que preocupa é o fim da obrigação por parte dos servidores de contribuir com o ICS. Isto vai acontecer a partir do dia 14 de agosto, quando os funcionários poderão fazer a opção em permanecer com a contribuição ou não, conforme determinação judicial. Quem escolher por isto perde a assistência. “A queda da compulsoriedade vai revelar outro cenário. É preciso esperar para ver o quanto isto vai impactar na receita e depois ver os caminhos”, comenta Patrícia de Morais. Os sindicatos defendem ainda a transformação do ICS em autarquia.

Em notícia divulgada no dia 20 do mês passado, no site da prefeitura de Curitiba, a administração municipal informou que vai continuar com o percentual já investido no ICS mesmo com a decisão sobre a opção para os servidores permanecerem ou não vinculados ao instituto.

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