A greve dos servidores públicos federais integrantes da carreira de Especialista em Meio Ambiente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), do Instituto Chico Mendes e do Ministério do Meio Ambiente, completa oito dias hoje. Uma reunião realizada ontem à noite, no Ministério do Planejamento, em Brasília, pode pôr fim ao movimento. Amanhã, uma assembleia dos trabalhadores do Paraná será realizada para discutir as propostas do ministério.

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Os servidores entraram em greve em todo o País porque o governo decidiu romper as negociações em março deste ano, segundo informações da vice-presidente da Associação dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente do Paraná (Asibama-PAR), Thaís Fernandes. Ela explicou que em 2006 foi criado um grupo de trabalho no Ministério do Planejamento para discutir a reestruturação da carreira dos servidores. O Ministério do Meio Ambiente chegou a encaminhar uma proposta para o Planejamento e até foram feitos alguns ajustes. “Mas depois de várias reuniões, eles chegaram e romperam a discussão. Por isso a greve”, reclamou Thaís.

Além da reestruturação do Plano de Carreira (valorização dos servidores que trabalham em locais mais distantes, adicionais por conta de pós-graduação e nova tabela salarial), os servidores reivindicam a não aprovação do Projeto de Lei Complementar 549/2009, que prevê o congelamento de investimentos no serviço público por dez anos.

Em Curitiba

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Ontem, em Curitiba, os servidores fizeram um ato em frente ao Ibama, no centro da cidade. Eles entregaram mudas de plantas nativas para a população e também material de educação ambiental. Segundo Thaís, os serviços essenciais estão mantidos desde o início da greve.