Greve

Servidores organizam manifestação para pressionar governo por reajuste salarial

Servidores do Paraná organizam um ato em frente ao Palácio das Araucárias, em Curitiba, nesta terça-feira (12), às 9 horas. A manifestação ocorre duas horas antes de uma reunião entre representantes do Fórum Estadual dos Servidores (FES) e a secretária estadual da Administração e Previdência, Dinorah Nogara, marcada para discutir a data-base do funcionalismo. As negociações em torno do reajuste salarial anual do funcionalismo são consideradas decisivas para o fim das greves em curso no estado.

Hoje, professores da rede estadual de ensino, além de docentes e funcionários das sete universidades estaduais, estão em greve. Outras categorias, como a dos agentes penitenciários e a dos servidores da saúde, também já sinalizaram que podem deflagrar greves caso as negociações com o Executivo não avancem. Os servidores grevistas iniciaram as mobilizações no último dia 27 em função das mudanças no fundo de previdência do funcionalismo, mas a paralisação agora segue atrelada ao índice de reajuste salarial.

Normalmente, a cada ano, o projeto de lei que prevê o reajuste salarial é enviado pelo governo do Paraná para a Assembleia Legislativa em meados do mês de maio. O formato do texto do governo estadual, contudo, costuma ser discutido com os sindicatos antes da análise dos parlamentares. Este ano, entidades sindicais alegam que o governo estadual atrasou as conversas. Já o governo estadual sustenta que a discussão da data-base com os servidores segue trâmite normal e critica a mudança na pauta dos grupos grevistas.

No último dia 5, representantes dos servidores saíram de uma reunião na Secretaria Estadual de Administração e Previdência (Seap), no Palácio das Araucárias, sem uma proposta concreta de reajuste salarial. A Seap pediu mais uma semana para que a área da Fazenda pudesse concluir os estudos sobre o comportamento da arrecadação. Nesta terça-feira (12), a expectativa do FES é que o Executivo apresente uma proposta de pagamento. Os sindicatos já anteciparam, contudo, que não aceitarão uma correção salarial inferior à inflação dos últimos 12 meses medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). O governo estadual não bateu o martelo sobre a questão, mas já admitiu que trabalha com outras possibilidades.

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