Cerca de cinqüenta servidores da Universidade Federal do Paraná ocuparam ontem o gabinete da reitoria, no prédio central da instituição. O ato foi classificado como uma advertência ao governo federal que até agora não aplicou o Plano de Cargo Único (PCU), que permite uma evolução salarial e profissional dos servidores.
“Se não formos atendidos vamos radicalizar nossa mobilização, e isso foi apenas uma amostra do que poderemos fazer”, disse o presidente do Sinditest – sindicato que representa os servidores técnico administrativos da UFPR -Antônio Neris. Segundo ele, a Fasubra (Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras) deu prazo até o final do dia ontem para o governo se manifestar sobre o assunto.
A proposta do PCU foi sugerida pela entidade, que conseguiu, no ano passado, a promessa da implantação da primeira etapa do plano em 2003, tendo para isso a liberação de recursos na ordem de R$ 720 milhões. “Mas até agora nada foi feito, e como o governo já nos enganou com a reforma da Previdência, vai continuar nos enganando com o PCU se não fizermos nada”, afirmo Neris.
Os servidores coloram faixas e cartazes nos corredores e salas da reitoria pedindo atenção do governo e deputados federais. Antônio Neris disse que a categoria iria solicitar uma audiência com o reitor Carlos Moreira Júnior, para que ele interferisse a favor dos trabalhadores junto ao governo federal. O reitor não estava no prédio ontem, mas a procuradora-geral da UFPR, Dora Lúcia de Lima Bertulio, entendeu que o ato dos servidores foi legítimo e justo, já que eles representam interesses de todos os servidores federais. “A manifestação foi tranqüila e com respeito, e não trouxe nenhum tipo de desgaste para a universidade”, falou. Segundo a assessoria de imprensa da UFPR os manifestantes deixaram o prédio ontem, por volta das 12h.
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