Servidores municipais protestam na capital

Não só de comemorações foi marcado o aniversário de Curitiba. Servidores municipais aproveitaram a data para protestar. Durante a manhã, representantes do Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba (Sismuc) e do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac) realizaram uma passeata pelo centro da cidade para exigir que seja dada maior atenção às perdas salariais acumuladas pela categoria ao longo dos últimos anos, que totalizam 18,87%.

Os servidores acreditam que o reajuste salarial de 6%, que foi recentemente proposto pela Prefeitura, não contempla suas necessidades e representa perdas ainda maiores, vindo a ser disponibilizado apenas a partir do próximo mês. Segundo a Lei Municipal 8.680, em vigor desde 1995, os reajustes salariais da categoria devem ser realizados em março.

"O reajuste oferecido zera a inflação dos últimos doze meses, mas não as perdas que tivemos em anos anteriores. A Prefeitura nos colocou essas perdas como coisa do passado, dizendo que nós deveríamos olhar para a frente e esquecer. Porém, com todas as dificuldades que enfrentamos, não é uma coisa que se possa simplesmente apagar da memória", afirmou a dirigente do Sismmac, Ângela Maria de Castro.

Ainda durante a manhã, muitos servidores se mantiveram concentrados em frente ao Centro de Capacitação dos Professores Municipais de Curitiba, também no centro da cidade. No local, integrantes dos dois sindicatos estavam reunidos com uma comissão da Prefeitura para discutir melhores condições de trabalho, pagamento de auxílio-transporte e vale-alimentação. "Queremos que a alimentação dos servidores deixe de ser através de marmita e que os mesmos tenham a opção de receber vale-alimentação, podendo escolher onde e o que querem comer. Quanto ao auxílio-transporte, desejamos que ele seja fornecido a todos", disse a diretora de base do Sismuc, Irene Rodrigues dos Santos.

Conclusões

No final da reunião, ficou decidido que, em relação à alimentação, será formada uma comissão – composta por representantes da Prefeitura, dos sindicatos e da Câmara Municipal – para que ocorram novas discussões. Porém, em entrevista a O Estado, o secretário municipal de Recursos Humanos, Arnaldo Bertone, já adiantou que a adoção de vale não é viável. "Podemos estudar outras alternativas, mas o vale seria muito oneroso. Hoje, dos cerca de 27 mil servidores, 2,5 mil utilizam serviços de alimentação. Gastamos com marmitas e refeitórios R$ 240 mil ao mês. Com o vale, gastaríamos cerca de R$ 2,7 milhões." No que diz respeito ao auxílio-transporte, será realizada uma nova reunião no dia 24 de abril. 

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