Servidores da Prefeitura de Curitiba montaram uma barraca na Rua XV de Novembro, no centro da capital, para colher assinaturas contra o projeto de Parcerias Públicas Privadas (PPPs). O projeto, que está na Câmara Municipal, pretende firmar contratos entre o poder público e a iniciativa privada para a gestão e execução de serviços públicos.
De acordo com a presidente do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac), Diana Cristina de Abreu, o projeto apresenta uma série de problemas, como, por exemplo, a transferência de um grande volume de recursos do poder público para o setor privado.
Além disso, o texto não garante a participação popular nos processos de decisão. Ela também destaca que, pelo projeto, as empresas poderão cobrar pelos serviços, e se elas não cumprirem os contratos, a Prefeitura terá que pagar a conta. "O que nós defendemos é que a Prefeitura assuma suas atribuições, sem intermediários", falou.
Salários
Os servidores também aproveitaram para "comemorar" um ano da falta de reposição salarial da categoria. Segundo Diana, os trabalhadores acumulam perdas de 18,87% que somam desde a gestão anterior, na qual o atual prefeito, Beto Richa, era vice-prefeito.
"Mesmo sabendo dessas perdas, este ano ele se negou a falar sobre o assunto", comentou. A categoria, que tem data-base em 31 de março, irá receber 6% de reajuste salarial que, de acordo com a sindicalista, é o mesmo índice aplicado em 2005. "Os trabalhadores não têm aumento real, somente o repasse da inflação", finalizou.