O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc) e a Prefeitura de Curitiba continuam negociando os novos valores dos vencimentos básicos dos servidores que atuam na administração municipal. A comissão criada para discutir o assunto deve apresentar uma proposta formal até o dia 1º de fevereiro. Na noite desta quinta-feira (12), os servidores realizaram uma assembleia informativa e devem promover uma assembleia deliberativa assim que forem concluídos os trabalhos de estudos sobre a remuneração dos servidores.

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“Até agora não teve proposta concreta. Ainda está em cima de estudos. Nós queremos que o aumento do piso seja por nível e não somente por carreira. Com o aumento por nível (básico, técnico e superior), todas as carreiras serão contempladas”, explica Alessandra de Oliveira, diretora do Sismuc.

Ela ainda ressaltou que o sindicato propôs a incorporação ao salário da remuneração variável (gratificação), vinda de um programa de qualidade e produtividade, com valor de R$ 250. O Sismuc pretende ainda rever os cálculos apresentados pela Prefeitura juntamente com a equipe do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

A Prefeitura vem alegando que somente após a conclusão dos estudos sobre o vencimento básico poderá começar a conversar sobre a jornada de 30 horas para cargos específicos da saúde do município. O Sismuc não concorda e quer que a negociação seja aberta o quanto antes. Diante deste posicionamento da administração municipal, servidores de algumas áreas da saúde que ainda não foram contemplados pela redução de 40 para 30 horas semanais de trabalho estão em greve há cerca de 40 dias.

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De acordo com o Sismuc, são 400 profissionais paralisados. Cerca de 1,2 mil funcionários ficaram de fora de um projeto de lei que propõe a mudança na carga horária para cinco cargos: auxiliar de enfermagem, técnico de enfermagem, enfermeiro, técnico de higiene dental e auxiliar de consultório dentário. A proposta beneficiaria 5,8 mil profissionais. “Nossa preocupação é que entramos em ano eleitoral e só pode fazer alguma coisa até 03 de abril”, afirma Alessandra.

De acordo com ela, os servidores em greve estão informando a população sobre a paralisação nos bairros e em uma tenda montada na Praça Rui Barbosa. Os grevistas passaram dias protestando em frente a sede da Prefeitura de Curitiba, no Centro Cívico, mas uma ação judicial proíbe a presença deles no local. “A demanda por exames já está indo para março”, alerta a diretora do Sismuc.

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A Prefeitura de curitiba, por meio da Secretaria Municipal de Recursos Humanos, informou que as reuniões com o Sismuc sobre o aumento nos vencimentos básicos do funcionalismo estão ocorrendo desde outubro de 2011. A secretária municipal de Recursos Humanos, Maria do Carmo Oliveira, indica que as negociações estão avançando e que a prefeitura cumpre a promessa de manter um diálogo constante com os servidores.