Os funcionários dos Correios ameaçam paralisar as atividades na próxima quinta-feira (5), caso a empresa não apresente melhor proposta de reajuste salarial.
Anteontem, cerca de quinhentos funcionários se reuniram em assembléia em Curitiba e votaram pela rejeição à proposta de reajuste salarial de 3%, apresentada pela empresa, e aprovação do indicativo de greve. A mesma decisão foi tomada durante assembléias realizadas em todo o País.
A decisão final sobre a paralisação será na próxima quarta-feira, em assembléias nacionais. Até lá, estão programadas mais duas rodadas de negociação. “Vamos esperar uma nova proposta, mas se ela não vier, vamos instaurar uma greve nacional”, promete o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), Dany Alexandre Pereira. A idéia é paralisar as atividades à meia-noite da quarta-feira.
A categoria reivindica reajuste de 48,76% ? sendo que 38,76% equivalem à reposição das perdas salariais relativas a julho de 1994 a julho de 2002 e os 10% restantes ao aumento real ? além de vale-refeição de R$ 15,00 (o valor atual é R$ 9,50) e cesta básica de aproximadamente 50 kg (cerca de R$ 170,00). A empresa, por sua vez, ofereceu reajuste de 3% mais abono de R$ 600,00, vale-refeição de R$ 10,00 e a cesta básica passaria de R$ 47,50 para R$ 50,00.
No Paraná há cerca de 5 mil trabalhadores dos Correios ? 2 mil só em Curitiba. Em todo o Brasil, são 94 mil funcionários diretos e 115 mil indiretos. A última greve nacional dos Correios aconteceu, segundo Pereira, em 1994.
