Servidores do TRT-PR seguem em greve

Embora a Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal (Fenajufe) tenha aceito a proposta do governo federal de suspender a greve deflagrada há uma semana, em troca de agilidade na tramitação do Plano de Cargos e Salários do setor no Congresso Nacional, servidores de seis tribunais do País mantiveram a paralisação por tempo indeterminado. São eles: o TRT do Paraná, o TRE da Bahia e os quatro tribunais de São Paulo.

Assim como baianos e paulistas, os trabalhadores paranaenses discordaram do indicativo da Fenajufe e decidiram manter a greve como forma de pressão sobre as negociações entre o Executivo e o Judiciário, em torno da reserva orçamentária para a implementação do projeto que revisa o Plano de Cargos e Salários.

greve250506.jpgReunidos na tarde de ontem, em São Paulo, as lideranças da categoria nos três estados optaram pela manutenção da greve e marcaram uma nova assembléia para a próxima terça-feira (30), quando serão discutidos os avanços do projeto no Congresso e a manutenção da greve será novamente avaliada. Segundo a assessoria de imprensa do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no Estado de São Paulo, a greve foi mantida por ainda não haver dotação orçamentária para o projeto. A preocupação é com a demora na tramitação, já que, devido à legislação eleitoral, a União não pode assumir novos gastos a partir de primeiro de julho.

No Paraná, com a adesão dos funcionários de Cambé, Campo Mourão e Jaguariaiva, Francisco Beltrão e Assis Chateaubriand, nesta semana, já são 51 varas paralisadas, de um total de 77. Segundo o Sindicato dos Servidores da Justiça do Trabalho do Paraná (Sinjutra/PR), o percentual de 66,23% das varas em greve transformou o movimento na maior greve da categoria já realizada no Estado.

O movimento ainda pode aumentar. Uma comitiva do Sinjutra/PR, composta pelo coordenador da greve do sindicato e representantes do comando de greve da capital está percorrendo o interior desde ontem, para dialogar com os servidores que ainda não aderiram ao movimento.

Devido à greve, todos os prazos do Tribunal Regional do Trabalho – 9ª Região, estão suspensos. Com o número mínimo de servidores em cada vara, só estão sendo mantidos os serviços emergenciais, como recepção de mandados de segurança e medidas cautelares. Em Curitiba, 16 das 20 varas seguem paradas e as demais trabalham precariamente.

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