Depois de 22 dias de greve, os servidores do Poder Judiciário do Paraná suspenderam a paralisação. A decisão aconteceu na noite de terça-feira (16), durante uma assembleia geral que avaliou as negociações com o Tribunal de Justiça (TJ).
A suspensão, no entanto, está condicionada ao não desconto dos dias parados. “Se o abono dos dias parados não for garantido, radicalizaremos a luta”, afirmou a secretária-geral do Sindijus-PR, Daieniffer Cherini Lopes.
A proposta definida pelos servidores durante a assembleia também prevê a manutenção do estado de greve, que pode convocar a paralisação das atividades a qualquer momento, caso as reivindicações não avancem.
Os servidores também estabeleceram o prazo até o dia 31 de agosto para que todos os encaminhamentos das comissões sejam finalizados. Uma nova assembleia geral está marcada para 11 de setembro quando a categoria vai avaliar as negociações.
Segundo o Sindijus, a greve garantiu que o reajuste da inflação de 8,17% fosse encaminhado à Assembleia Legislativa. “A nossa luta se volta para aprovação da reposição. Os servidores exigem empenho do Tribunal de Justiça para que não aconteçam imprevistos”, ressalta Andrea Ferreira diretora do Sindijus-PR.
Além do reajuste, os servidores obtiveram o compromisso de reformulação do processo administrativo, item que integra a pauta da isonomia. O Sindijus deve encaminhar requerimentos ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas denunciando o repasse reduzido do duodécimo ao TJ, já que o governador Beto Richa tem se apropriado de parte do orçamento do Tribunal aprovado na Lei de Diretrizes Orçamentárias.