Na manhã desta terça-feira (24), servidores do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) de Curitiba paralisaram as atividades cerca de uma hora em frente à Gerência Executiva do INSS, na Rua João Negrão, na região central da cidade. As principais reivindicações dos servidores públicos são a reestruturação de carreira, alteração de tabelas salariais e regulamentação da jornada de 30 horas.
De acordo com Nelson Malinoski, diretor jurídico do Sindicato dos Servidores Públicos Federais em Saúde, Trabalho, Previdência e Ação Social do Paraná (Sindiprevs-PR), essa atitude foi tomada porque o novo Ministro da Previdência, José Pimentel, não cumpriu o que estava programado. ?As negociações estavam progredindo com o ministro anterior (Luís Marinho). Mas quando assumiu o Pimentel nós fomos deixados de lado?, afirmou. De acordo com ele, umas das principais ?broncas? é o acordo firmado pela Medida Provisória 431. ?É brincadeira o que aconteceu. 800 mil servidores tiveram reajuste salarial com a medida. A única categoria que ficou de fora é a do INSS?, argumentou.
Para Malinoski, os servidores só estão reivindicando o que é justo. ?Nossa greve não é contra a população. As perícias que estavam agendadas para esta manhã não foram prejudicadas. O problema é o descaso que o Governo tem para conosco?.
De acordo com o diretor jurídico, há outras manifestações semelhantes a essa em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. ?Há um protesto nacional na verdade. Esse é o ?Dia Nacional da Luta? para nós?.
O prazo estipulado para um acordo é até o dia 30 de junho. Caso não se chegue a um consenso, a tendência é que ocorra uma greve generalizada. ?Irá acontecer uma greve nacional. Mesmo com as ameaças de desconto nos salários nós iremos em frente. Já há uma grande mobilização programada para esta quinta-feira (26)?, salientou.
O Sindiprevs-PR possui 35 diretores. Alguns deles já estão em Brasília para a manifestação de quinta-feira. Haverá um protesto em frente ao Ministério do Planejamento e da Previdência. ?Estão nos enrolando. Estamos nos sentindo traídos pelo compromisso firmado anteriormente. Agora vamos lutar pelos nossos direitos?, finalizou Malinoski.
Ele ainda afirmou que a tendência é que haja outras manifestações em frente às agências do INSS.