Servidores do INSS pedem o fim das filas

Acabar com as filas nas agências do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Esse é o objetivo da campanha “Chega de Filas!”, lançada ontem (Dia do Servidor Público) pelos trabalhadores paranaenses que trabalham no INSS, ministérios da Saúde e da Previdência, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Delegacia Regional do Trabalho (DRT) e Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

Pela manhã, em todo Estado, integrantes do Sindicato dos Trabalhadores da Previdência Social do Paraná (Sindipreves-PR) visitaram agências, fixaram faixas e cartazes da campanha e colheram assinaturas da população com o intuito de fazer um abaixo-assinado para exigir do governo federal a realização de concurso público para contratação de novos servidores, o que minimizaria o problema das filas.

Segundo a diretora da secretaria jurídica do Sindipreves-PR, Jaqueline Mendes de Gusmão, nos anos 80 a Previdência Social tinha 12 milhões de aposentados em todo o Brasil. Este ano são cerca de 21 milhões, e o quadro de servidores não aumentou. “Ficamos 15 anos sem concurso público. Há dois anos, o governo lançou um concurso para contratação de 5 mil pessoas, o que foi insuficiente. Agora, quer abrir novo concurso para a contratação de 2,4 mil servidores (1,5 mil médicos e 900 para a área administrativa), número que também não será suficiente para atender à demanda.”

No Paraná, de acordo com Jaqueline, são cerca de 200 servidores para fazer entre três mil e quatro mil atendimentos diários. “Só no Estado, seria necessária a contratação de, no mínimo, mais mil pessoas. Queremos poder realizar nosso trabalho com qualidade, garantindo um bom atendimento a aposentados e pensionistas.”

Usuários

Usuários do INSS que ontem esperavam atendimento na fila da agência João Negrão, em Curitiba, aprovaram a campanha: “Há muitas pessoas, idosas ou com problemas de saúde, que não agüentam ficar na fila. Pelo menos deveriam ser colocados mais bancos para o pessoal poder sentar”, disse o operador de injetores Maurício dos Santos Júlio.

Como solução para acabar com o problema, a dona de casa Marta da Silva Corrêa – que ontem também aguardava na fila – apontou justamente a necessidade da contratação de novos servidores para a Previdência: “É muito pouco trabalhador para dar conta de tanto usuário”, afirmou.

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